Uma Análise Empírica entre Desenvolvimento Econômico e Soft Power
DOI:
https://doi.org/10.18568/internext.v16i1.632Palavras-chave:
Soft power, Desenvolvimento econômico, PIB per capitaResumo
Objetivo: Identificar empiricamente o impacto do desenvolvimento econômico e a volatilidade do mesmo sobre o soft power.
Método: Pesquisa de natureza empírica com a utilização de instrumental econométrico por regressão simples e variáveis instrumentais, utilizando-se dados de diversas fontes, especialmente de McClory (2017) e FMI.
Principais resultados: Corrobora-se a ideia de que países com maior desenvolvimento econômico possuem mais soft power e também que a maior volatilidade desse desenvolvimento é relacionada a menor soft power.
Relevância e originalidade: Nos últimos anos, a discussão sobre soft power tem crescido, especialmente para países emergentes em que o hard power é menor. Mas será que a capacidade de influência externa através do soft power pode estar dissociada da própria capacidade de desenvolvimento do país?. Esse assunto é pouco analisado na literatura e especialmente a ideia de que países mais voláteis levam a menor soft power é particularmente inédita.
Contribuições teóricas: O artigo traz à luz a discussão necessária do papel do desenvolvimento econômico na geração de soft power nos diversos países. Países mais desenvolvidos teriam condições de explorar melhor suas capacidades de soft power.
Contribuições sociais: Em tempos de mudanças geopolíticas tão profundas com a disputa entre China e Estados Unidos, é importante o entendimento de que explorar o capital de soft power de cada país seria facilitado se as condições de progresso econômico doméstico estivessem mais bem ancoradas. O desenvolvimento econômico e social de cada país vem antes de se buscar maior soft power.
Downloads
Referências
Acemoglu, D., Johnson, S., Robinson, J. e Yared, P. (2008). Income and democracy. American Economic Review, 98(3), 808-842.
Acemoglu, D. e Robinson, J. (2012). Why Nations Fail: The Origins of Power, Prosperity, and Poverty. Crown Publishers.
Acemoglu, D., Gallego, F. e Robinson, J. (2014). Institutions, Human Capital, and Development. The Annual Review of Economics, 6, 875-912.
Acemoglu, D., Nairu, S., Restrepo, P. e Robinson, J. (2015). Democracy Does Cause Growth. http://economics.mit.edu/files/11227
Acemoglu, D. e Robinson, J. (2016). Paths to Inclusive Political Institutions. MIT Working Paper. https://economics.mit.edu/files/11338
Aghion, P., Angeletos, G-M., Banerjee, A. e Manova, K. (2005). Volatility and growth: credit constraints and producitivity-enhancing investment. NBER Working Paper, 11349, Maio.
Câmara dos Deputados (2016). Requerimento de informação por parte da Câmara dos Deputados. http://www.camara.gov.br/sileg/integras/1433973.pdf
Caplan, B. (2007). The Myth of the Rational Voter: Why Democracies Choose Bad Policies. Princeton University Press.
Carrothers, T. (2017). Democracy Aid at 25: Time do Choose. In: Democracy in Decline? Edts Larry Diamond e Mark Plattner, Johns Hopkins University Press.
Celestino, H. (2016). Um Brasil silencioso. Jornal Valor Econômico, Caderno Eu & fim de Semana, 6 de maio.
Chade, J. (2016). Brasil soma dívida de R$ 3,2 bilhões com órgãos internacionais. O Estado de São Paulo, 15 de abril de 2016. https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-deve-r-3-2-bi-a-orgaos-como-onu-e-oms,10000026075
Diamond, L. (2015). Facing Up to the Democratic Recession. Democracy in Decline? In Larry Diamond e Mark Plattner (Eds.), (pp. 98-118). Johns Hopkins University Press.
Eger III, R., McDonald III, B. e Wilsker, A. (2014). Religious Attitudes and Charitable Donations. Journal of Applied Business and Economics, 17(2), 52-65.
Eichenbaum, M., Hansen, L.H. e Singleton, K.J. (1988). A time series analysis of representative agent models of consumption and leisure choice under uncertainty. Quarterly Journal of Economics, 103(1), 51-78.
Fausto, B. e Devoto, F. J. (2004). Brasil e Argentina: um ensaio de história comparada (1850-2002). Editora 34.
Ferrer, A. (2006). A economia argentina: de suas origens ao início do século XXI. Editora.
Gadelha, H. (2017). O exercício do soft power brasileiro: a diplomacia do futuro e a alcunha do passado: o mito do soft power brasileiro. In: Westman, G. (Ed.), Novos olhares sobre a política externa brasileira. Editora Contexto.
Glaeser, E. L., e Campante, F. (2018). Yet Another Tale of Two Cities: Buenos Aires and Chicago. Latin America Economic Review, 27 (artigo n .2)
Glaser, B.S. e Murphy, M.E. (2009). Soft Power with Chinese Characteristics. In: Carola McGiffert (Ed.), Chinese Soft Power and Its Implications for the United States: Competition and Cooperation in the Developing World, Report of the CSIS Smart Power Initiative (2009).
Huntington, S. P. (1968). Political Order in Changing Societies. Yale University Press.
Keltner, D. (2016). The Power Paradox: How We Gain and Lose influence. Penguim press.
Kroeber, A. R. (2016). China´s Economy? Whats Everyone Needs to Know. Oxford University Press.
Mares, D.R. e Trinkunas, H.A. (2016). Aspirational Power: Brazil on the Long Road to Global Influence. Brookings Institution Press.
McClory, J. (2015). The Soft Power 30 Report. Portland Communications.
McClory, J. (2016). The Soft Power 30 Report. Portland Communications.
McClory, J. (2017). The Soft Power 30 Report. Portland Communications.
Mounk, Y. (2018). The People Vs. Democracy: How Our Freedom is in Danger and How to Save It. Harvard University Press.
Nunn, N. (2014). Historical Development. Handbook of Economic Growth, 2A, 347-402. Elsevier.
Nye, J. (Jr.) (2004). Soft Power: The Means to Success in World Politics. Public Affairs.
Persson, T. e Tambelini, G. (2006). Democracy and Development: The Devil in the Details. American Economic Review, 96(2), 319-324.
Pierson, P. (2004). Politics in Time: History, Institutions, and Social Analysis. Princeton
Ramey, G. e Ramey, V. (1995). Cross-Country Evidence on the Link Between Volatitlity and Growth. American Economic Review, 85(5), 1138-1151.
Reinhart, C., Reinhart, V. e Rogoff, K. (2016). Dealing with Debt. Journal of International Economics, 96(1), 43-55.
Ricupero, R. (2017). A diplomacia na construção do Brasil (1750-2016). Versal Editores.
Rose, A. (2015). Like Me, Buy Me: The Effect of Soft Power on Exports. NBER Working Paper n. 21537, Setembro.
Rose, A. (2019). Agent Orange: Trump, Soft Power, and Exports. NBER Working Paper n. 25439, Janeiro.
Shambaugh, D. (2013). China Goes Global: The Partial Power. Oxford University Press.
Shambaugh, D. (2016). China´s Future. Polity Press.
Souza, C. L. (2008). A Doutrina Drago e as relações entre as repúblicas americanas. Anais Eletrônicos do VII Encontro Internacional da ANPHLAC em Vitória, Espírito Santo.
Spruk, R. (2019). The rise and fall of Argentina. Latin America Economic Review, 28 (artigo n. 16).
Stuart, A. M. (2011). O bloqueio da Venezuela em 1902: suas implicações nas relações internacionais da época. Editora Unesp.
Vale, S.R. (2019). Ensaios sobre o papel da economia e das instituições no soft power e no hard power. Tese de Doutorado. Instituto de Relações Internacionais (USP).
Van Herpen, M. H. (2016). Putin´s Propaganda Machine: Soft Power and Russian Foreign Policy. Rowman & Littlefield.
Vuving, A. (2009). How Soft Power Works. Paper apresentado no American Political Science Association Annual Meeting, Toronto, setembro de 2009. http://apcss.org/Publications/Vuving%20How%20soft%20power%20works%20APSA%202009.pdf
Zakaria, F. (1997). The Rise of Illiberal Democracy. In Foreign Affairs 76(6), 22-43.
Zanini, F. (2017). Euforia e fracasso do Brasil grande: política externa e multinacionais brasileiras na era Lula. Editora Contexto.
Zhao, S. (2009). The Prospects of China´s Soft Power: How sustainable? In Mingjiang Li (Ed.), Soft Power: China´s Emerging Strategy in International Politics. Lexington Books.
Walker, C. (2016). The hijacking of “soft power”. Journal of Democracy, 27(1), 49-63.
Wooldridge, J. (2010). Econometric Analysis of Cross Section and Panel Data. The MIT Press.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
- O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 3.0 Não Adaptada, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html