Slow Profile: Estudo das Orientações ao Consumo de Slow Fashion
DOI:
https://doi.org/10.18568/internext.v15i3.589Palavras-chave:
Slow fashion, Orientações ao Consumo, Perfil do ConsumidorResumo
Objetivo: Identificar perfis de orientação ao consumo de slow fashion, verificando os fatores associados aos diferentes perfis.
Método: Trata-se de uma pesquisa do tipo survey com 461 consumidores de vestuário do Estado do Ceará. Utilizou-se de um questionário com questões de perfil do respondente, além de uma seção dedicada à mensuração da orientação ao consumo de slow fashion, por meio da escala de Jin e Jung (2014). Foram utilizados métodos de análise descritiva, análise fatorial exploratória (AFE), análise de cluster por k-means e análise de correspondência (ANACOR).
Principais Resultados: Os resultados indicam validade da escala no contexto desta pesquisa. Verificou-se a existência de três perfis de orientação: alta orientação, orientação parcial, e averso à exclusividade. Ainda, observou-se que existe associação entre os diferentes perfis e as variáveis demográficas relacionadas à localização, renda, faixa etária, orientação sexual, escolaridade, estado civil e ocupação.
Relevância/originalidade: Estudos sobre slow fashion ainda carecem de informações sobre quem são os seus potenciais consumidores e quais são os seus perfis. Este estudo visa preencher esse gap da literatura. Esta pesquisa é relevante teoricamente por estudar o slow fashion e seus potenciais consumidores no Brasil e, do ponto de vista gerencial, pelo crescente número de marcas brasileiras seguindo o conceito de slow fashion.
Contribuições teóricas/metodológicas: Como contribuição teórica, estende o corpo de conhecimento sobre perfis de potenciais consumidores de slow fashion.
Contribuições sociais / para a gestão (opcional): As implicações gerenciais dizem respeito ao fornecimento de informações que possam contribuir para o planejamento de mercadológico e posicionamento de marca eficiente e direcionado a esses potenciais consumidores.
Downloads
Referências
Aakko, M., & Koskennurmi-Sivonen, R. (2013). Designing sustainable fashion: possibilities and challenges. Research Journal of Textile and Apparel, 17(1), 13-22.
Antanavičiŋtė, A., & Dobilaitė, V. (2015). Principles of slow fashion application in clothing collection creation. Environmental Research, Engineering and Management, 71(2), 54-59.
Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT). (2016). O poder da moda: cenários, desafios e perspectivas. July: 10. Recuperado de http://www.abit.org.br/conteudo/links/Poder_moda-cartilhabx.pdf
___________________________________________________. (2019). Relatório de atividades 2019. Recuperado de http://abit-files.abit.org.br/site/relat%C3%B3rio_atividades/2019/relat%C3%B3rio_abit2019.pdf?utm_campaign=relatorio_de_atividades_abit_2019__08012020&utm_medium=email&utm_source=RD+Station
Bai, L., Liang, J., & Cao, F. (2020). A multiple k-means clustering ensemble algorithm to find nonlinearly separable clusters. Information Fusion, 61, 36-47.
Bandyopadhyay, C., & Ray, S. (2020). Finding the Sweet Spot between Ethics and Aesthetics: A Social Entrepreneurial Perspective to Sustainable Fashion Brand (Juxta) Positioning. Journal of Global Marketing, 1-19.
Bhardwaj, V., & Fairhurst, A. (2010). Fast fashion: response to changes in the fashion industry. The International Review of Retail, Distribution and Consumer Research, 20(1), 165-173.
Billeson, K., & Klasander, K. (2015). Dress code sustainable fashion: bridging the attitude-behaviour gap. Thesis, Jönköping University, Suécia.
Byun, S. E., & Sternquist, B. (2011). Fast fashion and in-store hoarding. Clothing and Textiles Research Journal, 29(3), 187-201.
Carvalho, L. (2020, janeiro). Conheça marcas cearenses que trabalham com o slow fashion, tendência da sustentabilidade. Recuperado de https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/verso/conheca-marcas-cearenses-que-trabalham-com-o-slow-fashion-tendencia-da-sustentabilidade-1.2202791
Cataldi, C., Dickson, M, & Grover, C. (2013) Slow fashion: Tailoring a strategic approach for sustainability. In M. A. Gardetti & A. I. Torres (Orgs.), Sustainability in Fashion and Textiles: Values, Design, Production and Consumption. Yorkshire, UK: Greenleaf Publishing.
Cavalcante, I. (2019, julho 7). Os desafios para surfar na onda do "slow fashion". O Povo. Recuperado de https://www.opovo.com.br/jornal/dom/2019/06/28/os-desafios-para-surfar-na-onda-do--slow-fashion.html
Choudhury, A. K. R. (2014). Environmental impacts of the textile industry and its assessment through life cycle assessment. In Roadmap to Sustainable Textiles and Clothing, Environmental and Social Aspects of Textiles and Clothing Supply Chain; Muthu, S.S., Ed.; Springer: Singapore, 1–39.
Churchill Jr., G. A. & Iacobucci, D. (2009). Marketing research: methodological foundations (10a Ed.). Boston: Cengage Learning.
Clark, H. (2008). SLOW + FASHION – an oxymoron or a promise for the future…? Fashion Theory, 12(4), 427-446.
Cline, E. L. (2012). Overdressed: the shockingly high cost of cheap fashion. New York: Penguin Group.
Descatoires, E. (2017). I Shop, Therefore I Am: The Meaning of Fast and Slow fashion Consumption. Thesis, Auckland University of Technology, Auckland, New Zealand.
Ertekin, Z. O., & Atik, D. (2015). Sustainable markets: motivating factors, barriers, and remedies for mobilization of slow fashion. Journal of Macromarketing, 35(1), 53-69.
Fávero, L. P., Belfiore, P., Silva, F. L., & Chan, B. L. (2009). Análise de dados: modelagem multivariada para tomada de decisões. Rio de Janeiro: Campus.
Fletcher, K. & Grose, L, (2012). Fashion & Sustainability – Design for Change, London: Laurence King Publishing.
Fletcher, K. (2008). Sustainable Fashion & Textiles: design journeys. Sterling, VA: Earthscan.
Fletcher, K. (2010). Slow fashion: an invitation for change. Fashion Practice: The Journal of Design, Creative Process & the Fashion Industry, 2(2), 259–266.
George, D., & Mallery, P. (2003). SPSS for Windows step by step: a simple guide and reference (4th ed.). Boston: Allyn & Bacon.
Hair Jr., J. F., Black, W. C., Babin, B. J., & Anderson, R. E. (2009). Análise multivariada de dados (6th ed.). Porto Alegre: Bookman.
Hall, J. (2018). Digital Kimono: Fast Fashion, Slow Fashion? Fashion Theory, 22(3), 283-307.
Henninger, C. E., Alevizou, P. J., & Oates, C. J. (2016). What is sustainable fashion? Journal of Fashion Marketing and Management: An International Journal, 20(4), 400-416.
Hofmeyr, D. P. (2020). Degrees of freedom and model selection for k-means clustering. Computational Statistics & Data Analysis, 149, 1-14.
Hooper, D., Coughlan, J. & Mullen, M. R. (2008). Structural Equation Modelling: guidelines for determining model fit. The Electronic Journal of Business Research Methods, 6(1), 53-60.
Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará [IPECE]. (2017). Anuário estatístico do Ceará 2017. Recuperado em 25 abr. 2020, de http://www2.ipece.ce.gov.br/publicacoes/anuario/anuario2017/index.htm
Johansson, E. (2010). Slow fashion - the answer for a sustainable fashion industry? Thesis, University of Boras, Suécia.
Joy, A., Sherry Jr, J. F., Venkatesh, A., Wang, J., & Chan, R. (2012). Fast fashion, sustainability, and the ethical appeal of luxury brands. Fashion theory, 16(3), 273-295.
Jung, S. & Jin, B. (2014). A theoretical investigation of slow fashion: sustainable future of the apparel industry. International Journal of Consumer Studies, 38(5), 510-519.
Jung, S., & Jin, B. (2016a). Sustainable Development of Slow fashion Businesses: Customer Value Approach. Sustainability, 8(6), 1-15.
Jung, S., & Jin, B. (2016b). From quantity to quality: understanding slow fashion consumers for sustainability and consumer education. International Journal of Consumer Studies, 40(4), 410–421.
Lee, D. A., & Ahn, I. S. (2015). A study on slow fashion related to convergence design. Journal of the Korean Society of Costume, 65(2), 33-47.
Legere, A., & Kang, J. (2020). The role of self-concept in shaping sustainable consumption: A model of slow fashion. Journal of Cleaner Production, 120699. doi:10.1016/j.jclepro.2020.120699
Levy, M., & Weitz, B. A. (2008). Retailing Management, 7th ed., McGraw-Hill Irwin, Boston, MA.
Lugoe, W. (2019, julho 5). Nordeste sustentável. O Povo, Mercado, p. 19.
Magno, L. (2015, dezembro 10). Jô de Paula: boa nova do handmade. Recuperado de https://marciatravessoni.com.br/blog/jo-de-paula-boa-nova-do-handmade/
Magno, L. (2019, dezembro 10). Destaque da moda no Ceará, Gabriela Fiuza faz a diferença apostando na slow fashion. Recuperado de https://marciatravessoni.com.br/moda/destaque-da-moda-no-ceara-gabriela-fiuza-faz-a-diferenca-apostando-na-slow-fashion/
Magnuson B., Reimers, V., & Chao F. (2017). Re-visiting an old topic with a new approach: the case of ethical clothing. Journal of Fashion Marketing and Management: An International Journal, 21(3), 400–418.
Mazza, A. C. A., Ipiranga, A. S. R., & Freitas, A. A. F. de. (2007). O design, a arte e o artesanato deslocando o centro. Cadernos EBAPE.BR, 5(4), 01-11.
Mukendi, A., Davies, I., Glozer, S. and McDonagh, P. (2020), "Sustainable fashion: current and future research directions", European Journal of Marketing, Vol. ahead-of-print No. ahead-of-print. https://doi.org/10.1108/EJM-02-2019-0132Nielsen. (2019, abril 6).
Nielsen (2019). Brasileiros estão cada vez mais sustentáveis e conscientes. Recuperado de https://www.nielsen.com/br/pt/insights/article/2019/brasileiros-estao-cada-vez-mais-sustentaveis-e-conscientes/
Niinimäki, K., & Hassi, L. (2011). Emerging design strategies in sustainable production and consumption of textiles and clothing. Journal of Cleaner Production, 19(16), 1876-1888.
Overdiek, A. (2018). Opportunities for slow fashion retail in temporary stores. Journal of Fashion Marketing and Management: An International Journal, 22(1), 67-81.
Pessoa, J., & Santos, R. (2016). Renda-se ao meu Ceará: um discurso através de técnicas de artesanato à construção do vestuário. In Anais, 12, Colóquio de Moda (pp. 1-12), São Paulo: Biblioteca Virtual da FAPESP.
Podsakoff, P. M., MacKenzie, S. B., Lee, J.-Y., & Podsakoff, N. P. (2003). Common method biases in behavioral research: A critical review of the literature and recommended remedies. Journal of Applied Psychology, 88(5), 879-903.
Pookulangara, S., & Shephard, A. (2013). Slow fashion movement – Understanding consumer perceptions: an exploratory study. Journal of Retailing and Consumer Services, 20(2), 200-206.
Quevedo, C. (2017, dezembro 10). Guia consciente: 10 marcas brasileiras de slow fashion. Recuperado de https://woomagazine.com.br/guia-consciente-10-marcas-brasileiras-de-slow-fashion/
Ro, J. H., & Kim, M. J. (2011). The characteristics and aesthetic values of slow fashion from a social viewpoint. Journal of the Korean Society of Clothing and Textiles, 35(11), 1386-1398.
Rogers, E. M. (2003). Diffusion of innovations (5a ed.). New York: Free Press.
Şener, T., Bişkin, F. & Kđlđnç, N. (2019). Sustainable dressing: consumers' value perceptions towards slow fashion. Business Strategy and the Environment, 28(8), 1-10.
Štefko, R., & Steffek, V. (2018). Key Issues in Slow fashion: Current Challenges and Future Perspectives. Sustainability, 10(7), 2270-2281.
Sutter, M. B., Polo, E. F., & Maclennan, M. L. F. (2014). Atributos da imagem do país de origem como fonte de vantagem competitiva: estudo no segmento internacional da moda brasileira. Internext, 9(2), 75-93.
Teixeira, E. B., Zamberlan, L., & Rasia, P. C. (2009). Pesquisa em administração. Ijuí: Editora Unijuí.
Thomas, K. (2020). Cultures of sustainability in the fashion industry. Fashion Theory, 24(5), 715-742.
Watson, M. Z., & Yan, R. (2013). An exploratory study of the decision processes of fast versus slow fashion consumers. Journal of Fashion Marketing and Management: An International Journal, 17(2), 141-159.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
- O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 3.0 Não Adaptada, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html