Socialização Organizacional de Expatriados

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18568/internext.v14i1.461

Palavras-chave:

Socialização organizacional, Expatriação, Internacionalização de empresas.

Resumo

A gestão internacional de pessoas engloba a expatriação que consiste na transferência de empregados entre as unidades da organização em diferentes países por período determinado. Para que os resultados da expatriação sejam atingidos, um processo importante é o ajustamento, que compreende a adaptação ao novo contexto. Um dos fatores de influência do ajustamento no país é a socialização organizacional, compreendida como a integração dos empregados com a organização. O objetivo dessa pesquisa foi de analisar a relação entre as táticas organizacionais e o processo de socialização organizacional de expatriados. Por meio de abordagem quantitativa e cunho descritivo, a coleta de dados ocorreu por meio de questionário online. A amostra constituiu-se por expatriados que trabalham em empresas internacionais. Os resultados foram analisados através de estatística descritiva e regressão linear. Demonstrou-se que as empresas utilizam táticas institucionalizadas para ajustar os expatriados. Identificou-se que 14% do processo de socialização organizacional é explicado pelas táticas, sendo que o impacto maior dessas táticas é percebido na dimensão da tarefa, ou seja, no papel que o expatriado irá desempenhar. A quantidade de vezes que o expatriado realizou missões internacionais pode alterar a percepção das táticas utilizadas para seu ajustamento, sendo este um achado importante desta pesquisa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gisele Costa Rabello, Faculdade Meridional - IMED

Mestre em Administração pela Faculdade Meridional - IMED, Rio Grande do Sul, (Brasil). Professora da Faculdade João Paulo II,  Rio Grande do Sul. 

Janaina Macke, Universidade de Caxias do Sul - UCS Faculdade Meridional - IMED

Pós-doutorado na Université Joseph Fourier, (França). Professora e Pesquisadora no Programa de Pós-graduação em Administração da Universidade de Caxias do Sul - UCS, Rio Grande do Sul, Brasil.

William Zanella, Faculdade Meridional - IMED

Doutor em Administração pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS, São Paulo, (Brasil). Diretor Acadêmico na Faculdade Meridional - IMED, Rio Grande do Sul.

Referências

Allen, N. J., & Meyer, J. P. (1990a). Organizational Socialization Tactics: A Longitudinal Analysis of Links to Newcomers´ Commitment and Role Orientation. The Academy of Management Journal, 33(4), 847–858.

Allen, N. J., & Meyer, J. P. (1990b). Organizational Socialization Tactics: A Longitudinal Analysis of Links to Newcomers´ Commitment and Role Orientation. Academy of Management Journal, 33(4), 847–859.

Ashfort, B. E., & Saks, A. M. (1996). Socialization Tactics: Longitudinal Effects on Newcomer Adjustment. Academy of Management Journal, 39(1), 149–178.

Ashforth, B. E., Saks, A. M., & Lee, R. T. (1997). On the Dimensionality of Jones’ (1986) Measures of Organizational Socialization Tactics. International Journal of Selection and Assessment, 5(4), 200–214.

Ashforth, B. E., Sluss, D. M., & Saks, A. M. (2007). Socialization tactics, proactive behavior, and newcomer learning: Integrating socialization models. Journal of Vocational Behavior, 70(3), 447–462. https://doi.org/10.1016/j.jvb.2007.02.001

Baker III, H. E., & Feldman, D. C. (1990). Strategies of Organizational Socialization and Their Impact on Newcomer Adjustment. Journal of Managerial Issues, 2(2), 198–212.

Bauer, T. N., Bodner, T., Erdogan, B., Truxillo, D. M., & Tucker, J. S. (2007). Newcomer adjustment during organizational socialization: a meta-analytic review of antecedents, outcomes, and methods. Journal of Applied Psychology, 92(3), 707–721. https://doi.org/10.1037/0021-9010.92.3.707

Beaverstock, J. V. (2004). “Managing across borders”: knowledge management and expatriation in professional service legal firms. Journal of Economic Geography, 4(2), 157–179. https://doi.org/10.1093/jeg/4.2.157

Bhaskar-shrinivas, P., Harrison, D. A., & Shaffer, M. A. (2005). Input-Based and Time-Based Models of International Adjustment : Meta-Analytic Evidence and Theoretical Extensions. Academy of Management Journal, 48(2), 257–281.

Black, J. S., & Mendenhall, M. (1991). The U-curve adjustment hypothesis revisited: A review and theoretical framework. Journal of International Business Studies, 11(October), 225–247.

Black, J. S., Mendenhall, M., & Oddou, G. (1991). Toward a Comprehensive Model of International Adjustment: An Integration of Multiple Theoretical Perspectives. Academy of Management Review, 16(2), 291–317. https://doi.org/10.5465/AMR.1991.4278938

Borges, L. de O., & Albuquerque, F. J. B. de. (2014). Socialização organizacional. In J. C. Zanelli, J. E. Borges-Andrade, & A. V. B. Bastos (Orgs.), Psicologia, organizações e trabalho no Brasil (2o, p. 615). São Paulo: Artmed.

Burböck, B., Schnepf, S., & Pessl, S. (2016). Individualized versus institutionalized socialisation tactics. Advances in Business-Related Scientific Research Journal, 7(1), 25–43.

Caligiuri, P. M. (2000). Selecting Expatriates for Personality Characteristics: A Moderating Effect of Personality on the Relationship Between Host National Contact and Cross-cultural Adjustment. MIR: Management International Review, 40(1), 61–80. https://doi.org/10.1017/CBO9781107415324.004

Cascio, W. F. (1998). The virtual workplace: A reality now. The Industrial-Organizational Psychologist, 35(4), 32–37.

Chang, Y., Gong, Y., & Peng, M. W. (2012). Expatriate knowledge transfer, subsidiary absorptive capacity, and subsidiary performance. Academy of Management Journal, 55(4), 927–948. https://doi.org/http://dx.doi.org/10.5465/amj.2010.0985

Cooper-Thomas, H., & Anderson, N. (2002). Newcomer Adjustment: The Relationship Between Organizational Socialization Tactics, Information Acquisition and Attitudes. Journal of Occupational and Organizational Psychology, 75(4), 423–437.

Cooper-Thomas, H. D., & Anderson, N. (2005). Organizational Socialization: A Field Study into Socialization Success and Rate. International Journal of Selection and Assessment, 13(2), 116–128.

Dias, G. M. R. S. (2014). Socialização organizacional: A integração de novos funcionários nas organizações. Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

Feldman, D. C. (1981). The Multiple Socialization of Organization Member. The Academy of Management Review, 6(2), 309–318.

Feldman, D. C. (1997). Socialization in an International Context. International Journal of Selection and Assessment, 5(1), 1–8.

Fu, C. K., Hsu, Y., & Shaffer, M. A. (2008). Socialization Tactics, Fit, and Expatriate Outcomes. Academy of Management Proceedings, 1–6.

Griffin, A. E. C., Colella, A., & Goparaju, S. (2000). Newcomer and Organizational Socialization Tactics: An Interactionist Perspective. Human Resource Management Review, 10(4), 453–474.

Hair JR., J.F.; William, B.; Babin, B.; Anderson, R. E. Análise multivariada de dados. 6.ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.

Haslberger, A., Brewster, C., & Hippler, T. (2013). The Dimensions of Expatriate Adjustment. Human Resource Management, 52(3), 333–351. https://doi.org/10.1002/hrm

Haueter, J. A., Macan, H., & Winter, J. (2003). Measurement of newcomer socialization: construct validation of a multidimensional scale. Journal of Vocational Behavior, 63(1), 20–39. https://doi.org/10.1016/S0001-8791(02)00017-9

Homem, I. D., & Tolfo, S. da R. (2008). Práticas de Gestão Internacional de Pessoas: Compensação e Seleção de Expatriados em uma Multinacional Brasileira. RAC - Eletrônica, 2(2), 201–217.

Jokinen, T., Brewster, C., & Suutari, V. (2008). Career capital during international work experiences: contrasting self-initiated expatriate experiences and assigned expatriation. The International Journal of Human Resource Management, 19(6), 979–998. https://doi.org/10.1080/09585190802051279

Jones, G. R. (1986). Socialization tactics, self-efficacy, and newcomers´ adjustments to organizations. Academy of Management Journal, 29(2), 262–279.

Kim, T., Cable, D. M., & Kim, S.-P. (2005). Socialization Tactics, Employee Proactivity, and Person–Organization Fit. Journal of Applied Psychology, 90(2), 232–241. https://doi.org/10.1037/0021-9010.90.2.232

Korte, R., & Lin, S. (2012). Getting on Board: Organizational Socialization and the Contribution of Social Capital. Human Relations, 1–22. https://doi.org/10.1177/0018726712461927

Louis, M. R. (1980). Surprise and sense making: What newcomers experience in entering unfamiliar organizational settings. Administrative science quarterly, 25(2), 226–251. https://doi.org/10.2307/2392453

Luiz, R. da C. R., Santos, I. C. dos S., & Tadeucci, M. de S. R. (2012). A Expatriação como Estratégia de Aprendizagem Organizacional e Carreira. Revista de Carreiras e Pessoas, 2(2), 74–83.

Maanen, J. Van. (1978). People Processing: Strategies of Organizational Socialization. Organizational Dynamics, 7(1), 19–36.

Maanen, J. Van, & Schein, E. H. (1979). Toward a Theory of Organizational Socialization. In Research in organizational behavior (p. 1–90).

MALHOTRA, N. K. Pesquisa de Marketing: Uma Orientação Aplicada. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

Major, D. A., Kozlowski, S. W. J., Chao, G. T., & Gardner, P. D. (1995). A Longitudinal Investigation of Newcomer Expectations, Early Socialization Outcomes, and the Moderating Effects of Role Development Factors. Journal of Applied Psychology, 80(3), 418–431.

Mezias, J. M., & Scandura, T. A. (2005). A Needs-Driven Approach to Expatriate Adjustment and Career Development: A Multiple Mentoring Perspective. Journal of International Business Studies, 36(5), 519–538.

Ostroff, C., & Kozlowski, S. W. J. (1992). Organizational Socialization as a Learning Process: The Role of Information Acquisition. Personnel Psychology, 45(4), 849–875.

Perrot, S., Bauer, T. N., Abonneau, D., Campoy, E., Erdogan, B., & Liden, R. C. (2014). Organizational socialization tactics and newcomer adjustment: The moderating role of perceived organizational support. Group & Organization Management, 39(3), 1–27. https://doi.org/10.1177/1059601114535469

Pinheiro, A., Esteves, T., & Suleman, F. (2015). Seleção e Competências dos Expatriados e Estratégias de Internacionalização: Um Estudo Exploratório de Empresas Portuguesas. Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão, 14(1), 48–60.

Richardson, J., & Mallon, M. (2005). Career interrupted? The case of the self-directed expatriate. Journal of World Business, 40(4), 409–420. https://doi.org/10.1016/j.jwb.2005.08.008

Saks, A. M., & Gruman, J. a. (2011). Getting newcomers engaged: the role of socialization tactics. Journal of Managerial Psychology, 26(5), 383–402. https://doi.org/10.1108/02683941111139001

Selmer, J. (2002). Practice Makes Perfect? International Experience and Expatriate Adjustment. MIR: Management International Review, 42(1), 71–87.

Selvarajah, C. (2009). Organisational support during expatriation: a study of New Zealand managers. International Journal Business Excellence, 2(1), 65–85.

SHRM, S. for H. R. M. (2011). SHRM Survey Findings : Onboarding Practices Key Findings. Recuperado 11 de abril de 2016, de https://www.shrm.org/research/surveyfindings/documents/OnboardingPractices_FINAL.pdf

Takeuchi, R., Wang, M., Marinova, S. V., & Yao, X. (2009). Role of Domain-Specific Facets of Perceived Organizational Support During Expatriation and Implications for Performance. Organization Science, 20(3), 621–634. https://doi.org/10.1287/orsc.1080.0403

Tharenou, P., & Caulfield, N. (2010). Will I stay or will I go? Explaining repatriation by self-initiated expatriates. Academy of Management Journal, 53(5), 1009–1028. https://doi.org/10.5465/AMJ.2010.54533183

Webb, A., & Wright, P. C. (1996). The expatriate experience: implications for career success. Career Development International, 1(5), 38–44.

Downloads

Publicado

2019-01-02

Como Citar

Rabello, G. C., Macke, J., & Zanella, W. (2019). Socialização Organizacional de Expatriados. Internext, 14(1), 45–58. https://doi.org/10.18568/internext.v14i1.461

Edição

Seção

Artigos