Revisão bibliométrica no tema Empreendedorismo Imigrante e Étnico
DOI:
https://doi.org/10.18568/1980-4865.11378-94Palavras-chave:
empreendedorismo imigrante, empreendedorismo étnico, enclave étnico, imigração.Resumo
O debate sobre a imigração de milhares de refugiados para Europa e sua assimilação pela sociedade e economia locais, apresenta-se como um tema em voga na atualidade. Adicionalmente, o empreendedorismo internacional de enclave étnico tem sido estudado como uma das formas de mobilidade social e integração destes grupos. Diversas comunidades de imigrantes de várias etnias têm sido objeto de estudo, no entanto, o brasileiro imigrante tem sido pouco estudado quanto a seu perfil, cultura e comportamento empreendedor. As pesquisas bibliométricas realizadas dentro do tema de empreendedorismo imigrante e étnico, apontam para uma mudança em seu enfoque original em ‘economias de enclave’, ‘empresas étnicas’ e ‘enraizamento social’ para investigações relacionadas aos ‘empresários imigrantes’, às ‘redes de negócios imigrantes’ e aos ‘empresários transnacionais’. Este artigo pretende, portanto, apresentar o resultado de um estudo bibliométrico contemplando os trabalhos seminais, as principais teorias internacionais a respeito de empreendedorismo imigrante e de enclaves étnicos, assim como identificar lacunas da literatura brasileira e internacional, expandindo este campo de pesquisa. Como principais resultados, os autores apresentam uma análise de conceitos, teorias e artigos mais citados neste campo de pesquisa e apontam para possíveis caminhos futuros de investigação.
Downloads
Referências
Acs, Z. J., Audretsch, D. B., & Evans, D. S. (1994). Why does the self-employment rate vary across countries and over time? (n° 871). CEPR Discussion Papers.
Alba, R. D., & Logan, J. R. (1993). Minority proximity to whites in suburbs: An individual-level analysis of segregation. American journal of sociology, 98 (6), 1388-1427.
Alba, R., & Nee, V. (1997). Rethinking assimilation theory for a new era of immigration. International migration review, 31 (4), 826-874.
Aliaga-Isla, R., & Rialp, A. (2013). Systematic review of immigrant entrepreneurship literature: previous findings and ways forward. Entrepreneurship& Regional Development, 25 (9-10), 819-844.
Åslund, O., Edin, P. A., & Fredriksson, P. (2001). Ethnic Enclaves and the Economic Success of Immigrants-Evidence from a Natural Experiment (No. 2729). CEPR Discussion Papers.
Assis, G. D. O., & Sasaki, E. M. (2001). Novos migrantes do e para o Brasil: um balanço da produção bibliográfica. Migrações internacionais–contribuições para políticas. Brasília: CNPD, 615-639.
Atkinson, R. (2006). Padding the bunker: strategies of middle-class disaffiliation and colonisation in the city. Urban Studies, 43 (4), 819-832.
Barrett, G. A., Jones, T. P., & McEvoy, D. (1996). Ethnic minority business: Theoretical discourse in Britain and North America. Urban studies, 33 (4-5), 783-809.
Basu, A. (1998). An exploration of entrepreneurial activity among Asian small businesses in Britain. Small business economics, 10 (4), 313-326.
Becker, G. S. (1964). Human capital theory. Columbia, New York.
Bourdieu, P. (1986). The Forms of Capital. In handbook of theory and research for the sociology of education. Edited by: Richardson J.
Carvalho e Silva, A.de; and C. Yen-Tsang. (2015). Tem Comida Chinesa no Prato dos Brasileiros: Como Empreendem os Imigrantes Chineses no Brasil? In: XXXIX Encontro da ANPAD – EnANPAD, 2015, Belo Horizonte. Anais do XXXIX Encontro da ANPAD - EnANPAD. Belo Horizonte.
Chaganti, R., & Greene, P. G. (2002). Who are ethnic entrepreneurs? A study of entrepreneurs, ethnic involvement and business characteristics. Journal of Small Business Management, 40 (2), 126-143.
Clark, K., & Drinkwater, S. (2000). Pushed out or pulled in? Self-employment among ethnic minorities in England and Wales. Labour Economics, 7 (5), 603-628.
Collins, J. (2003). Cultural diversity and entrepreneurship: Policy responses to immigrant entrepreneurs in Australia. Entrepreneurship& Regional Development, 15 (2), 137-149.
Dobrev, S. D., & Barnett, W. P. (2005). Organizational roles and transition to entrepreneurship. Academy of Management Journal, 48 (3), 433-449.
Ellis, M., Wright, R., & Parks, V. (2004). Work together, live apart? Geographies of racial and ethnic segregation at home and at work. Annals of the Association of American Geographers, 94 (3), 620-637.
Evans, D. S., & Leighton, L. S. (1989). Some empirical aspects of entrepreneurship. The American Economic Review, 79 (3), 519-535.
Fairlie, R. W., & Meyer, B. D. (1996). Ethnic and racial self-employment differences and possible explanations. Journal of human resources, 31 (4), 757-793.
Global Entrepreneurship Monitor [GEM] (2016). GEM REPORT 2015.
Gordon, M. M. (1964). Assimilation in American life: The role of race, religion and national origins. Oxford University Press.
Halter, M. (2007). Cultura econômica do empreendimento étnico: caminhos da imigração ao empreendedorismo. Revista de Administração de Empresas, 47 (1), 116-123.
Iceland, J. (2004). Beyond black and white: metropolitan residential segregation in multi-ethnic America. Social Science Research, 33 (2), 248-271.
Jensen, L., & Portes, A. (1992). The enclave and the entrants: Patterns of ethnic enterprise in Miami before and after Mariel. American SociologicalReview, 57 (3), 411-414.
Johnston, R., Forrest, J., &Poulsen, M. (2002). Are there ethnic enclaves/ghettos in English cities? UrbanStudies, 39 (4), 591-618.
Johnston, R., Poulsen, M., & Forrest, J. (2007). The geography of ethnic residential segregation: a comparative study of five countries. Annals of the Association of American Geographers, 97 (4), 713-738.
Jones, M. V., Coviello, N., & Tang, Y. K. (2011). International entrepreneurship research (1989–2009): a domain ontology and thematic analysis. Journal of business venturing, 26 (6), 632-659.
Kloosterman, R. C. (2003). Creating opportunities. Policies aimed at increasing openings for immigrant entrepreneurs in the Netherlands. Entrepreneurship& Regional Development, 15 (2), 167-181.
Kontos, M. (2003). Self-employment policies and migrants' entrepreneurship in Germany. Entrepreneurship & Regional Development, 15 (2), 119-135.
Levitt, P. (1998). Social remittances: Migration driven local-level forms of cultural diffusion. International migration review, 32 (4), 926-948.
Light, I. H. (1972). Ethnic enterprise in America: Business and welfare among Chinese, Japanese, and Blacks. University of California Press.
Light, I. H. (1998). Immigrant Entrepreneurs in America. In: JACOBSON, D. (ed.) The Immigrant Reader - America in a Multidisciplinary Perspective. Blackwell Publishers.
Light, I., & Bonacich, E. (1988). Immigrant Entrepreneurs. Berkeley. Cal.: University of California Press.
Light, I., Sabagh, G., Bozorgmehr, M., & Der-Marirosian, C. (1994). Beyond the ethnic enclave economy. Social Probems, 41 (1), 65-80.
Logan, J. R., Alba, R. D., & McNulty, T. L. (1994). Ethnic economies in metropolitan regions: Miami and beyond. Social Forces, 72 (3), 691-724.
Logan, J. R., Alba, R. D., & Stults, B. J. (2003). Enclaves and Entrepreneurs: Assessing the Payoff for Immigrants and Minorities1. International Migration Review, 37 (2), 344-388.
Logan, J. R., Zhang, W., & Alba, R. D. (2002). Immigrant enclaves and ethnic communities in New York and Los Angeles. American sociological review, 67 (2), 299-322.
Loscocco, K. A., & Robinson, J. (1991). Barriers to women's small-business success in the United States. Gender&Society, 5 (4), 511-532.
Ma, Z., Zhao, S., Wang, T., & Lee, Y. (2013). An overview of contemporary ethnic entrepreneurship studies: themes and relationships. International Journal of Entrepreneurial Behavior & Research, 19 (1), 32-52.
Margolis, M. (2003). Na virada do milênio: a emigração brasileira para os Estados Unidos. Fronteiras cruzadas: etnicidade, gênero e redes sociais. São Paulo: Paz e Terra, 51-72.
Martes, A. C. B., & Rodriguez, C. L. (2004). Afiliação religiosa e empreendedorismo étnico: o caso dos brasileiros nos Estados Unidos. Revista de Administração Contemporânea, 8 (3), 117-140.
Masurel, E., & Nijkamp, P. (2004). Differences between first-generation and second-generation ethnic start-ups: implications for a new support policy. Environment and Planning C: Government and Policy, 22 (5), 721-737.
Nakahata, F. T., & Teixeira, R. M. (2014). Sucesso e fracasso na criação de negócios pelos dekasseguis: estudo de casos múltiplos no noroeste do Paraná. Revista de Gestão, 21 (1), 139-159.
Ndofor, H. A., &Priem, R. L. (2011). Immigrant entrepreneurs, the ethnic enclave strategy, and venture performance. Journal of Management, 37 (3), 790-818.
Nee, V., & Sanders, J. (2001). Understanding the diversity of immigrant incorporation: a forms-of-capital model. Ethnic and racial studies, 24 (3), 386-411.
Nee, V., Sanders, J. M., &Sernau, S. (1994). Job transitions in an immigrant metropolis: ethnic boundaries and the mixed economy. American sociological review, 59 (6), 849-872.
Nijkamp, P. (2003). Entrepreneurship in a modern network economy. Regional Studies, 37 (4), 395-405.
Oliveira, J. F. (2007). Empreendedorismo Sem Fronteira: desafios e conquistas dos imigrantes chineses no Brasil. In: XXXI Encontro da ANPAD - EnANPAD, 2007, Rio de Janeiro. Anais do XXXI Encontro da ANPAD - EnANPAD. Rio de Janeiro.
Oliveira, M. D. F. S., & Iglesias, J. C. G. (2012). El inmigrante transnacional y la conducta emprendedora. Revista Capital Científico-Eletrônica (RCCҽ), 10 (2), 94-109.
Petticrew, M. (2006). Systematic Reviews in the Social Sciences: A Critical Guide. Malden, MA:Blackwell.
Portes, A, & Sensenbrenner, J. (1993). Embeddedness and Immigration: Notes on the Social Determinants of Economic. American Journal of Sociology, 98 (6), 1320-1350.
Portes, A. (1987). The social origins of the Cuban enclave economy of Miami. Sociological perspectives, 30 (4), 340-372.
Portes, A. (2010). Migration and social change: Some conceptual reflections. Journal of ethnic and migration studies, 36 (10), 1537-1563.
Portes, A., & Jensen, L. (1989). The enclave and the entrants: Patterns of ethnic enterprise in Miami before and after Mariel. American Sociological Review, 54 (6), 929-949.
Portes, A., &Schauffler, R. (1994). Language and the second generation: Bilingualism yesterday and today. International migration review, 640-661.
Portes, A., & Zhou, M. (1996). Self-employment and the earnings of immigrants. American Sociological Review, 61 (2), 219-230.
Portes, A., & Zhou, M. (1992). Gaining the upper hand: Economic mobility among immigrant and domestic minorities. Ethnicand Racial Studies, 15, 491-522.
Portes, A., Guarnizo, L. E., & Haller, W. J. (2002). Transnational entrepreneurs: An alternative form of immigrant economic adaptation. American sociological review, 67 (2), 278-298.
Putnam, R. D., Leonardi, R., &Nanetti, R. Y. (1994). Making democracy work: Civic traditions in modern Italy. Princeton university press.
Raijman, R. (2001). Determinants of entrepreneurial intentions: Mexican immigrants in Chicago. The Journal of Socio-Economics, 30 (5), 393-411.
Sanders, J. M. (2002). Ethnic boundaries and identity in plural societies. Annual Review of Sociology, 28, 327-357.
Sanders, J. M., & Nee, V. (1987). Limits of ethnic solidarity in the enclave economy. American Sociological Review, 52 (6), 745-773.
Sanders, J. M., & Nee, V. (1996). Immigrant self-employment: The family as social capital and the value of human capital. American sociological review, 61 (2), 231-249.
Sasse, G., & Thielemann, E. (2005). A research agenda for the study of migrants and minorities in Europe. JCMS: Journal of Common Market Studies, 43 (4), 655-671.
Thorpe, R., Holt, R., Macpherson, A., & Pittaway, L. (2005). Using knowledge within small and medium‐sized firms: A systematic review of the evidence. International Journal of Management Reviews, 7 (4), 257-281.
Truzzi, O., M. S., & Sacomano Neto, M. (2007). Economia e empreendedorismo étnico: balanço histórico da experiência paulista. Revista de Administração de Empresas, 47 (2), 1-12.
Van der Sluis, J., Van Praag, M., & Vijverberg, W. (2008). Education and entrepreneurship selection and performance: A review of the empirical literature. Journal of economic surveys, 22 (5), 795-841.
Vinogradov, E., &Kolvereid, L. (2007). Cultural background, human capital and self-employment rates among immigrants in Norway. Entrepreneurship and Regional Development, 19 (4), 359-376.
Vinogradov, E., &Kolvereid, L. (2010). Home country national intelligence and self-employment rates among immigrants in Norway. Intelligence, 38 (1), 151-159.
Vitorio, B. da S. (2007). Imigração brasileira em Portugal: identidade e perspectivas. Santos: Editora Universitária Leopoldianum.
Waldinger, R. (1993). The ethnic enclave debate revisited. International journal of urban and regional research, 17 (3), 444-452.
Waldinger, R. (1995). The ‘other side’ of embedded ness: A case‐study of the interplay of economy and ethnicity. Ethnic and racial studies, 18 (3), 555-580.
Walks, R., & Bourne, L. S. (2006). Ghettos in Canada's cities? Racial segregation, ethnic enclaves and poverty concentration in Canadian urban areas. The Canadian Geographer/Le Géographecanadien, 50 (3), 273-297.
Waters, M. C., & Eschbach, K. (1995). Immigration and ethnic and racial inequality in the United States. Annual Review of Sociology, 21, 419-446.
Weinberg, M. F. (2004). 'Isha Mehagueret': judia imigrante empreendedora em São Paulo (1945-1956). Sæculum–Revista de História, 11, 137-144.
Wennekers, A., A. Thurik, A. van Stel, and N. Noorderhaven. (2003). Uncertainty avoidance and the rate of business ownership across 21 oecd countries, 1976-2004. Journal of Evolutionary Economics, 17 (2), 133-160.
Wilson, K. L., & Martin, W. A. (1982). Ethnic enclaves: A comparison of the Cuban and Black economies in Miami. American Journal of Sociology, 88 (1), 135-160.
Zhou, M. (2004). The Role of the Enclave Economy in Immigrant Adaptation and Community Building: The case of New York’s Chinatown. In: Immigrant and Minority Entrepreneurship. The Continuous Rebirth of American Communities. John Sibley Butler & Geroge Kozmetsky. PRAGER: London.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
- O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 3.0 Não Adaptada, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html