A gestão de projetos como vantagem competitiva para internacionalização de empresas brasileiras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18568/1980-4865.1231-15

Palavras-chave:

Maturidade em Gestão de Projetos, Internacionalização de Empresas, Visão Baseada em Recursos (RBV), Empresas Brasileiras, Vantagem Competitiva Sustentável

Resumo

Este estudo concentra-se em três eixos teóricos: gestão de projetos (GP), internacionalização de empresas e visão baseada em recursos (RBV). Teve como objetivo analisar se, e de que forma, a maturidade em GP contribui para estratégia de atuação internacional de empresas brasileiras sob a perspectiva da RBV. Adotou-se estudo de múltiplos casos, de abordagem exploratória-descritiva, com análise intercaso e intracaso, em três empresas brasileiras. Como resultado inédito, o estudo identificou que cinco características da gestão madura de projetos: sustentabilidade do projeto, envolvimento dos stakeholders, definição de objetivos e estratégias, gerenciamento da mudança e gerenciamento de riscos, contribuem para a internacionalização das empresas pesquisadas, com implicação de vantagem competitiva sustentável, considerando a análise RBV-VRIO. A pesquisa apresenta contribuições para as empresas que estão ou pretendem iniciar sua internacionalização, de forma que obtenham melhores resultados utilizando a GP. Como uma limitação, aponta-se o número reduzido de casos investigados, o que pode também ser uma oportunidade para desenvolvimento de novos estudos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andre Luiz Spinelli Schelini, Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Mestre em Administração com foco em Gestão de Projetos, pela Universidade Nove de Julho - SP. Graduado em Administração de Empresas com Habilitação em Comércio Exterior, Especialista em Gestão da Administração Pública, Gestão de Comunicação e Marketing Institucional e ainda Docência do Ensino Superior, pela Universidade Castelo Branco - RJ. Especialista em Educação Ambiental, pelo SENAC. Atualmente é Analista Técnico no Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas em Mato Grosso - SEBRAE/MT

Cristina Dai Pra Martens, Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Cristina Dai Prá Martens possui Doutorado em Administração, na área de Sistemas de Informação e de Apoio à Decisão, pelo PPGA/EA/UFRGS (2009), com tese sobre Orientação Empreendedora; Pós-doutorado no CERAG/UPMF - Université Pierre Mendès-France (Grenoble-França - 2010), na área de Empreendedorismo e Estratégia. Possui Mestrado em Administração, com ênfase em Sistemas de Informação e de Apoio à Decisão, pelo PPGA/EA/UFRGS e Centro Universitário UNIVATES (2001); Especialização em Gestão Universitária, pelo Centro Universitário UNIVATES (2006); Graduação em Administração pela UPF ? Universidade de Passo Fundo (1994); Formação em Dinâmica de Grupos pela SBDG (2004). É coordenadora do Programa de Mestrado Profissional em Administração - Gestão de Projetos e professora no Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA), na Universidade Nove de Julho ? UNINOVE. Atua como docente nas seguintes disciplinas: Empreendedorismo e Orientação Empreendedora, Sistemas de Informação Gerencial, Conceitos em Organizações, Prática em Pesquisa e Teoria das Organizações. Possui projeto de pesquisa financiado pelo CNPq (modalidade Universal) e bolsa de iniciação científica PIBIC CNPq. É líder do Tema 10 da Divisão de ADI - Administração da Informação da ANPAD, Gestão de Projetos em TI/SI: Implementação, Avaliação e Lições Aprendidas. É líder do Grupo de Pesquisa Estratégia em Projetos (MPA-GP-UNINOVE), membro do Grupo Pesquisa em Estudos Organizacionais (PPGA-UNINOVE) e do Grupo Interinstitucional de Pesquisa sobre Adoção de Novas Tecnologias de Informação (GIANTI-PPGA/EA/UFRGS). É editora adjunta da Revista Inovação, Projetos e Tecnologias - IPTEC. Suas áreas de interesse são: Empreendedorismo, Orientação Empreendedora, Gestão de Projetos, Adoção de TI, Mobilidade e Tecnologias Móveis.

Marcos Roberto Piscopo, Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Doutor em Administração pela Universidade de São Paulo / FEA-USP (2010), tendo realizado estágio doutoral na Bentley University (2008-2009), onde também atuou como Adjunct Assistant Professor of Management no Department of Management; Mestre em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo / PUC-SP (2004); MBA em Administração de Projetos pela Fundação Instituto de Administração / FIA-USP (2004); MBA em Marketing pela Fundação Instituto de Administração / FIA-USP (1998); Bacharel em Administração pela Fundação Armando Álvares Penteado / FAAP (1996). É professor da Universidade Nove de Julho / UNINOVE integrando o NDP do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) e do Programa de Mestrado Profissional em Administração ? Gestão de Projetos (PMPA?GP), sendo que neste atua como Líder da linha de pesquisa Estratégia em Projetos e Coordenador do Módulo Internacional de Gestão de Projetos na Bentley University (MA, USA). É professor do Departamento de Administração Geral e Recursos Humanos na EAESP/FGV. Editor Chefe da Revista de Gestão e Projetos (GeP) e Membro do Conselho Editorial do Iberoamerican Journal of Project Management (IJoPM). Líder do tema Gestão de Projetos na Divisão de Operações e Logística (GOL) na Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (ANPAD) para o biênio 2015-2016. Líder do grupo de pesquisa Estratégia em Projetos no CNPq. Seus interesses de pesquisa envolvem Estratégia Empresarial, Gestão Estratégica de Projetos e Empreendedorismo Estratégico nos setores de Energia Elétrica e Saneamento Básico.

Marcos Paixão Garcez, Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Doutorado em Administração. Principais temas de interesse de pesquisa: Gestão da Inovação Tecnológica, Gestão do Portfolio de Projetos, Administração Estratégica, Desenvolvimento de Produtos, Sustentabilidade, Estratégias de Crescimento e Diversificação e Marketing Internacional.

Doutorado em Administração. Principais temas de interesse de pesquisa: Gestão da Inovação Tecnológica, Gestão do Portfolio de Projetos, Administração Estratégica, Desenvolvimento de Produtos, Sustentabilidade, Estratégias de Crescimento e Diversificação e Marketing Internacional.

Referências

 Almor, T., Hashai, N. & Hirsch, S. (2006). The product cycle revisited: Knowledge intensity and firm internationalization. Management International Review, 46, 507-528.

 Andersen, O. (1993). On the Internationalization Process of Firms: A Critical Analysis. Journal of International Business Studies, Vol. 24 No. 2, pp. 209-231.

 Anderson, E. & Gatignon, H. (1986). Modes of Foreign Entry: A Transaction Cost Analysis and Propositions. Journal of International Business Studies, Vol. 17, No. 3, pp.1-26.

 Andersson, S. (2000). The internationalization of the firm from an entrepreneurial perspective. International Studies of Management & Organization. 30(1), 63- 93.

 Barney, J. B. (1991). Firm Resource and Sustained Competitive Advantage. Journal of Management, New York, v. 17, n. 1, mar. pp. 99-121.

 Barney, J. B. (2001). The resource based “view” a useful perspective for strategic management research? Yes. Academy of Management Review, Vol. 26, No. 1, 41-56.

 Barney, J. B. & Clark, D. N. (2007). Resource-Based Theory: Creating and Sustaining Competitive Advantage. New York: Oxford University Press.

 Barretto, A. & Rocha, A. (2003). A expansão das fronteiras: brasileiros no exterior. In ROCHA, A. (org) As novas fronteiras: a multinacionalização das empresas brasileiras. Rio de Janeiro: Mauad, 2003. (Coleção Estudos COPPEAD).

 Bouer, R. & Carvalho, M. M. (2005). Metodologia Singular de Gestão de Projetos: Condição Suficiente Para a Maturidade em Gestão de Projetos? Revista Produção, v. 15, n. 3, p. 347-361, Set./Dez.

 Carvalho, M. M. & Rabechini Jr, R. (2011) Fundamentos em Gestão de Projetos: Construindo Competências para Gerenciar Projetos. São Paulo: Editora Atlas, 3.ed.

 Cleland, D. I & Ireland, L. R. (2008). Project Manager’s Handbook: Applying Best Practices across Global Industries. New York: McGraw-Hill.

 Costa, C. P. & Moura, H. P. (2009, p. 42). Modelos de Maturidade na Gestão de Projetos: Modelos Existentes e uma Análise Comparativa. Revista Engenharia de Software Magazine. n.18, pp.36-44.

 Dinsmore, P. C. (1999). Winning in business with enterprise project management. American Management Association, AMACOM, NY, USA.

 Dinsmore, P. C. & Cabanis-Brewin, J. (2006). The AMA Handbook of Project Management. Second Edition. American Management Association, AMACOM, NY, USA.

 Douglas, S. P. & Craig, C. S. (1995). Global Marketing Strategy. New York: McGraw-Hill.

 Dunning, J. H. (2001). The eclectic (OLI) paradigm of international production: past, present and future. International Journal of the Economics of Business, 8(2): 173-190.

 Eisenhardt, K. M. (1989). Building Theories from Case Study Research. The Academy of Management Review, 14(4), 532–550.

 Elango, B. & Pattnaik, C. (2007), Building capabilities for international operations through networks: a study of Indian firms. In: Journal of International Business Studies, 38(4): 541‐555.

 FDC, Fundação Dom Cabral, (2013). Ranking das Multinacionais Brasileiras. Disponível em: www.fdc.org.br.

 Floriani, D. E. (2010). O Grau de Internacionalização, as Competências e o Desempenho da PME Brasileira. [tese de doutorado]. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FEA/USP. São Paulo: USP.

 Floriani, D. E. & Fleury, M. T. (2012). O Efeito do Grau de Internacionalização nas Competências Internacionais e no Desempenho Financeiro da PME Brasileira. Revista de Administração Contemporânea – RAC, Rio de Janeiro, v. 16, n. 3, art. 6, pp. 438-458.

 Goulart, L., Arruda, C. A. & Brasil, H.V. (1994). A evolução da dinâmica de internacionalização. Revista Brasileira de Comércio Exterior, n. 41, p. 31-41, out-dez.

 Grant, R. M. (1991). The Resource-Based Theory of Competitive Advantage: Implications for Strategy Formulation. California Management Review, Vol. 33, Issue 3, pp. 114-135.

 Herkenhoff, D. A. (2010, p. 85). Análise Comparativa dos Modelos de Maturidade de Projetos: OPM3, CMMI, KERZNER e MMGP-Prado. Projeto Final de curso de MBA em Gerenciamento de Projetos. UFF: Niterói.

 Hatch, M. J. (1997) Organization Theory: Modern, Symbolic-Interpretive and Postmodern Perspectives. Oxford: Oxford University Press.

 Hitt, M. A, Hoskissom, R. E & Kim, H. (1997). International diversification: effects on innovation and firm performance in product-diversified firms. Academy of Management Journal. v. 40, n. 4, pp. 767-798.

 Hitt, M. A., Ireland, R. D. & Hoskisson, R. E. (2011). Strategic Management - Competitiveness and Globalization, 9th ed. ITO, Cincinnati, Ohio, USA.

 Hollensen, S. (2011). Global marketing: a decision-oriented approach. 5th ed. England: Pearson Education Limited.

 Johanson, J. & Vahlne, J-E. (1977). The internationalization process of the firm: A model of knowledge development and increasing foreign market commitments. Journal of International Business Studies, v.8, n.1, pp. 23–32.

 Johanson, J. & Vahlne, J-E. (1990). The Mechanism of Internationalization. International Marketing Review, 7(4): 11-24.

 Johanson, J. & Wiedersheim-Paul F. (1975), The Internationalization of the Firm – Four Swedish Cases, Journal of Management Studies, 12: 305-322.

 Kerzner, H. (2006). Gestão de Projetos: As Melhores Práticas. 2.ed. Porto Alegre: Bookman.

 Kerzner, H. (2009). Project management: a system approach to planning, scheduling, and controlling. 10. Edition. New York: John Wiley & Sons.

 Kerzner, H. (2011). Gerenciamento de Projetos: Uma Abordagem Sistêmica para Planejamento, Programação e Controle. 10.ed. São Paulo: Blucher.

 Kraus, P. G. (2006). O Processo de Internacionalização das Empresas: O Caso Brasileiro. Revista de Negócios, Blumenau, v. 11, n. 2, p.25-47, Abril-Junho.

 Levine, H. A. (2002): Practical project management: tips, tactics, and tools. New York: John Wiley & Sons, Inc.

 Lientz, B. P. & Rea, K. P. (2003). International Project Management. Academic Press: Elsevier Science.

 Lopes, Daniel. (2009). Critérios de Avaliação de Desempenho de Gerenciamento de Projetos: Uma Abordagem de Estudo de Casos. Dissertação (Mestrado em Engenharia), São Paulo: Escola Politécnica / USP.

 Madeira, A. B. & Silveira, J. A. G. (2013). Internacionalização de Empresas: Teorias e Aplicações. São Paulo: Saint Paul Editora.

 Madhok, A. (1997): Cost, value and foreign market entry mode: the transaction and the firm, in Strategic Management Journal, Vol.18, p.39-61

 Moreira, A. C. (2009). The Evolution of Internationalization: Towards a New Theory? Economia Global e Gestão, Vol. 14, No. 1, pp. 41-61.

 Muriithi, N. & Crawford, L. (2003). Approaches to project management in Africa: Implications for international development projects. International journal of project management. 21.05: Vol. 21. pp. 309-319.

 Penrose, E. T. (2006). A teoria de crescimento da firma. 3º ed. Tradução: Tamás Szmrecsányi. Campinas, SP: Editora da Unicamp.

 Peteraf, M. A. (1993). The Cornerstones of Competitive Advantage: A Resource-Based View. Strategic Management Journal, Vol. 14, No. 3. (Mar., 1993), pp. 179-191.

 PMI, Project Management Institute. (2008). A Guide to the Project Management Body of Knowledge (PMBOK Guide). 4rd ed. Newtown Square, USA: PMI.

 Porter, M. E. (1993). A Vantagem Competitiva das Nações. Rio de Janeiro: Campus.

 Porter, M. E. (1996). “What is Strategy?”, Harvard Business Review, November-December: 61-78.

 Prado, D. S. (2004). Gerenciamento de Programas e Projetos nas Organizações, 3.ed. Nova Lima: INDG-TECs, pp.85-100.

 Rabechini Jr. R. (2005). Competência e maturidade em gestão de projetos. 1.ed. São Paulo: Anna Blume,

 Root, F. R. (1987). Entry strategies for international markets. Lexington: Lexington Books.

 Sbragia, R., Rodrigues, I., Piscopo, M. & Moreira, N. V. A. (2009) Gerenciamento de Projetos: Avanços e Tendências na Pesquisa Acadêmica. Revista Mundo PM (Curitiba), v. 5, pp. 52-58.

 Shenhar, A. J. (2004). Strategic Project Leadership ((R)) Toward a strategic approach to project management. Stevens Institute of Technology, Hoboken, USA. 34(5): 569-578.

 Shenhar, A. J. & Dvir, D. (2010). Reinventando Gerenciamento de Projetos: A abordagem Diamante ao Crescimento e Inovação Bem-sucedidos. São Paulo: M Books.

 Stanleigh, M. (2007, 30 August). Process management vs project management. Retrieved 17-03-2014, from: http://www.improvementandinnovation.com.

 Vernon, R. (1966). International investment and international trade in the product cycle. Quarterly Journal of Economics, 80 (2): 190-207.

 Vianna, N. W. H., Piscopo, M. R., & Ryngelblum, A. (2013). Internacionalização da pequena e média empresa brasileira: o caso da indústria de máquinas-ferramenta. BASE - Revista de Administração e Contabilidade da UNISINOS, 10(3), pp. 210-223.

 Webster Jr, F. M., & Knutson, J. (2006). What is Project management? Project management concepts and methodologies. In: P. Dinsmore, & J. Cabanis-Brewin (Eds.), The AMA Handbook of project management (pp. 1 - 10). 2 Ed. Nova Yorque, NY: Amacom.

 Wernerfelt, B. (1984). A resource-based view of the firm. Strategic Management Journal, v.5, n.2, pp. 171-180, Apr-Jun.

Publicado

2017-12-26

Como Citar

Schelini, A. L. S., Martens, C. D. P., Piscopo, M. R., & Garcez, M. P. (2017). A gestão de projetos como vantagem competitiva para internacionalização de empresas brasileiras. Internext, 12(3), 1–15. https://doi.org/10.18568/1980-4865.1231-15