A A influência da ambidestria internacional no potencial exportador de PMEs brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.18568/internext.v20i03.828Palavras-chave:
Ambidestria Internacional, Potencial Exportador, Pequenas e Médias Empresas, Estratégias de Internacionalização, Desenvolvimento de ProdutosResumo
Objetivo: Analisar como a ambidestria internacional (AI) impacta o potencial exportador de pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras que participaram de um programa de apoio à exportação intitulado PEIEX. Método: A pesquisa é descritiva e qualitativa e utiliza a abordagem de múltiplos casos com 19 PMEs como amostra. Os dados foram coletados por meio de entrevistas e análise documental. Principais Resultados: Os resultados mostram que a maioria das PMEs desenvolveu a ambidestria internacional, manifestada no desenvolvimento de produtos, na definição de mix de produtos para exportação e na adoção de novas tecnologias. As empresas melhoraram suas operações internas e adquiriram competências externas, o que fortaleceu seu potencial exportador. Relevância / Originalidade: Este estudo preenche um gap teórico ao explorar como a ambidestria internacional influencia o potencial exportador de PMEs, contribuindo para a compreensão dos processos de internacionalização em contextos emergentes. Contribuições Teóricas / Metodológicas: O estudo proporciona insights sobre a dinâmica entre ambidestria internacional e potencial exportador, oferecendo uma nova perspectiva sobre como PMEs podem alavancar sua capacidade de exportação por meio de estratégias de ambidestria. No aspecto metodológico, a pesquisa evidencia a eficácia da abordagem de múltiplos casos para entender fenômenos complexos. Contribuições Sociais / para a Gestão: A pesquisa oferece recomendações para gestores de PMEs sobre como otimizar suas estratégias de exportação e utilizar programas de apoio para superar barreiras e expandir as PMEs para o mercado internacional.
Downloads
Referências
Aaby, N. E., & Slater, S. F. (1989). Management influences on export performance: a review of the empirical literature 1978‐1988. International Marketing Review, 6(4). https://doi.org/10.1108/EUM0000000001516
Akdeve, E. (2013). The determinants of export potential: A case of Ankara manufacturing sector. International Journal of Business Management and Economic Research, 4(3), 745-751.
Andreassen, T. W., Lervik-Olsen, L., & Colurcio, M. (2023). Dynamic capabilities and internationalization: Exploring ambidexterity in European SMEs. International Small Business Journal, 41(2), 129-150. https://doi.org/10.1177/02662426221124813
Batra, I., Preethi, P., & Dhir, S. (2021). A meta-analytical review of antecedents of organizational ambidexterity. International Journal of Knowledge Management, 17(4), 28-51. https://doi.org/10.4018/IJKM.2021100102
Becker, S. O., & Egger, P. H. (2013). Endogenous product versus process innovation and a firm’s propensity to export. Empirical Economics, 44, 329-354. https://doi.org/10.1007/s00181-009-0322-6
Campos, J., Braga, V., & Correia, A. (2019). Public policies for entrepreneurship and internationalization. Journal of Science and Technology Policy Management, 10(4), 975-995. https://doi.org/10.1108/JSTPM-04-2018-0044
Carneiro, J., Bianchi, C., & Gomes, R. M. (2016). Exportações brasileiras: Benefícios e obstáculos na percepção das empresas. Tecnologias de Administração e Contabilidade, 6(1), 22-38. https://doi.org/10.21714/2236-02632016v6n1tac106
Cavusgil, S., Bilkey, W. & Tesar, G. (1979). A note on the export behavior of firms: exporter profiles. Journal of International Business Studies, 10, 91-97. https://doi.org/10.1057/palgrave.jibs.8490633
Choi, Y., Cui, L., Li, Y., & Tian, X. (2019). Focused and ambidextrous catch-up strategies of emerging economy multinationals. International Business Review, 29(6), 101567. https://doi.org/10.1016/j.ibusrev.2019.01.002
Ciasullo, M. V., Montera, R., Cucari, N., & Polese, F. (2020). How an international ambidexterity strategy can address the paradox perspective on corporate sustainability: Evidence from Chinese emerging market multinationals. Business Strategy and the Environment, 29(5), 2110-2129. https://doi.org/10.1002/bse.2490
Cirera, X., Marin, A., & Markwald, R. (2015). Explaining export diversification through firm innovation decisions: The case of Brazil. Research Policy, 44(10), 1962-1973. https://doi.org/10.1016/j.respol.2015.06.004
Dasí, À., Iborra, M., & Safón, V. (2015). Beyond path dependence: Explorative orientation, slack resources, and managerial intentionality to internationalize in SMEs. International Business Review, 24(1), 77-88. https://doi.org/10.1016/j.ibusrev.2014.06.003
De La Hoz, E., González, Á. L., & Santana, A. (2016). Metodología de medición del potencial exportador de las organizaciones empresariales. Información Tecnológica, 27(6), 11-18. https://doi.org/10.4067/S0718-07642016000600003
Deng, P., Liu, Y., Gallagher, V. C., & Wu, X. (2018). International strategies of emerging market multinationals: A dynamic capabilities perspective. Journal of Management & Organization, 26(4), 408-425. https://doi.org/10.1017/jmo.2017.76
Dolz, C., Iborra, M., & Safón, V. (2019). Melhorar a probabilidade de sobrevivência das PME durante crises financeiras e económicas: A importância dos TMTs e da propriedade familiar para a ambidestria. BRQ Business Research Quarterly, 22(2), 119-136.
Fischer, T., Gebauer, H., Gregory, M., Ren, G. J., & Fleisch, E. (2010). Exploitation or exploration in service business development? Insights from a dynamic capabilities perspective. Journal of Service Management, 21(5), 591-624. https://doi.org/10.1108/09564231011079066
Foss, N. J., & Pedersen, T. (2019). Microfoundations in international management research: The case of knowledge sharing in multinational corporations. Journal of International Business Studies, 50(9), 1594-1621. https://doi.org/10.1057/s41267-019-00270-4
García-Castiblanco, C. P., Díaz-Ariza, D. M., & Aguilar-Galeano, E. (2020). Uso de programas de apoio à exportação por empresas verdes na Região de Bogotá. Revista EAN, (89), 197-214. https://doi.org/10.21158/01208160.n89.2020.2872
García-Pérez, A., Ghobadian, A., & O’Regan, N. (2021). Organizational ambidexterity in international innovation networks. Technological Forecasting and Social Change, 162, 120377.
Hsu, C., Lien, Y., & Chen, H. (2013). International ambidexterity and firm performance in small emerging economies. Journal of World Business, 48(1), 58-67. https://doi.org/10.1016/j.jwb.2012.06.007
Johanson, J., & Wiedersheim-Paul, F. (1975). The internationalization of the firm: Four Swedish cases. Journal of Management Studies, 12(3), 305-322. https://doi.org/10.1111/j.1467-6486.1975.tb00514.x
Kahiya, E. T., Dean, D. L., & Heyl, J. (2014). Export barriers in a changing institutional environment: A quasi-longitudinal study of New Zealand’s manufacturing exporters. Journal of International Entrepreneurship, 12, 331-364. https://doi.org/10.1007/s10843-014-0131-7
Kalafsky, R. V., & Duggan, D. T. (2016). Overcoming trade impediments: Considering SME exporters from Nova Scotia. The Professional Geographer, 68(4), 613-623. https://doi.org/10.1080/00330124.2016.1157497
Knight, G., & Kim, D. (2009). International business competence and the contemporary firm. Journal of International Business Studies, 40, 255-273. https://doi.org/10.1057/palgrave.jibs.8400397
Krinke, M. F., Floriani, D. E., Bueno, G., & Garrido, I. L. (2021). International ambidexterity: A competitive advantage of fashion industry firms in emerging markets. Revista de Negócios, 26(1), 22-48. https://doi.org/10.7867/1980-4431.2021v26n1p22-48
Leonidou, L. C. (1995). Empirical research on export barriers: Review, assessment, and synthesis. Journal of International Marketing, 3(1), 29-43. https://doi.org/10.1177/1069031X9500300103
LiPuma, J. A., Newbert, S. L., & Doh, J. P. (2013). The effect of institutional quality on firm export performance in emerging economies: A contingency model of firm age and size. Small Business Economics, 40(4), 817-841. https://doi.org/10.1007/s11187-011-9395-7
Liu, Y., Collinson, S., Cooper, C., & Baglieri, D. (2022). International business, innovation and ambidexterity: A micro-foundational perspective. International Business Review, 31(3), 101852. https://doi.org/10.1016/j.ibusrev.2021.101852
March, J. G. (1991). Exploration and exploitation in organizational learning. Organization Science, 2(1), 71-87. https://doi.org/10.1287/orsc.2.1.71
Morkovina, S. S., Malitskaya, V., Panyavina, E. A., & Sibiryatkina, I. (2018). Export potential and support measures for small and medium enterprises. Journal of Economics and Economic Education Research, 21(1), 303-314. https://doi.org/10.35808/ersj/1181
Moura, G. B., & Floriani, D. E. (2017). A evolução da ambidestria internacional nas pequenas e médias empresas (PMEs). Revista de Administração FACES Journal, 16(4), 20-37. https://doi.org/10.21714/1984-6975FACES2017V16N4ART4553
Mozzato, A. R., & Grzybovski, D. (2011). Análise de conteúdo como técnica de análise de dados qualitativos no campo da administração: Potencial e desafios. Revista de Administração Contemporânea, 15(4), 731-747. https://doi.org/10.1590/S1415-65552011000400010
Northcutt, N., & McCoy, D. (2004). Análise qualitativa interativa: Um método sistêmico para pesquisa qualitativa. Sábio.
Onkelinx, J., Manolova, T. S., & Edelman, L. F. (2016). The human factor: Investments in employee human capital, productivity, and SME internationalization. Journal of International Management, 22(4), 351-364. https://doi.org/10.1016/j.intman.2016.05.002
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) (2017). Meeting of the OECD Council at Ministerial Level: Enhancing the contributions of SMEs in a global and digitalised economy. OECD. Recuperado de https://www.oecd.org/mcm/documents/C-MIN-2017-8-EN.pdf
Parizotto, G. R. (2017). O papel do governo na internacionalização de empresas brasileiras: O caso do exporta/SC [Dissertação de Mestrado, Universidade do Vale do Itajaí].
Pasamar, S., Lopez-Cabrales, A., & Valle-Cabrera, R. (2015). Ambidexterity and intellectual capital architectures for developing dynamic capabilities: Towards a research agenda. European Journal of International Management, 9(1), 74-87. https://doi.org/10.1504/EJIM.2015.066672
Pinho, J. C., & Prange, C. (2016). The effect of social networks and dynamic internationalization capabilities on international performance. Journal of World Business, 51(3), 391-403. https://doi.org/10.1016/j.jwb.2015.08.001
Popadiuk, S., Luz, A. R. S., & Kretschmer, C. (2018). Capacidades dinâmicas e ambidestria: Como estes conceitos se relacionam? Revista de Administração Contemporânea, 22(5), 639-660. https://doi.org/10.1590/1982-7849rac2018180135
Popli, M., Ladkani, R. M., & Gaur, A. S. (2022). Ambidexterity in emerging market SMEs: Impact on innovation and international performance. Journal of International Business Studies, 53(1), 45-63. https://doi.org/10.1057/s41267-021-00435-3
Prange, C., & Bruyaka, O. (2016). Better at home, abroad, or both? How Chinese firms use ambidextrous internationalization strategies to drive innovation. Cross Cultural & Strategic Management, 23(2), 148-180. https://doi.org/10.1108/CCSM-07-2014-0079
Prange, C., & Verdier, S. (2011). Dynamic capabilities, internationalization process, and performance. Journal of World Business, 46(1), 126-133. https://doi.org/10.1016/j.jwb.2010.05.024
Reuber, A. R., & Fischer, E. (1998). Domestic market size and the internationalization of small and medium-sized enterprises. International Conference on Globalization and Emerging Businesses: Strategies for the 21st Century, McGill University.
Roth, L., & Corsi, S. (2023). Ambidexterity in a geographic context: A systematic literature review on international exploration and exploitation of knowledge. Technovation, 124, 102744. https://doi.org/10.1016/j.technovation.2023.102744
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) (2022). Internacionalização: micro e pequenos negócios também podem exportar. Sebrae. https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/internacionalizacao-micro-e-pequenos-negocios-tambem-podem-exportar,1b547118e2a83810VgnVCM100000d701210aRCRD#:~:text=A%20a%C3%A7%C3%A3o%20de%20se%20internacionalizar,empresas%20com%20mais%20recursos%20financeiros
Strauss, A., & Corbin, J. (2008). Pesquisa qualitativa: Técnicas e procedimentos para o desenvolvimento de teoria fundamentada (2ª ed.). Artmed.
Sui, S., & Baum, M. (2014). Internationalization strategy, firm resources and the survival of SMEs in the export market. Journal of International Business Studies, 45, 821-841. https://doi.org/10.1057/jibs.2014.11
Teece, D. J. (2014). The foundations of enterprise performance: Dynamic and ordinary capabilities in an (economic) theory of firms. Academy of Management Perspectives, 28(4), 328-352. https://doi.org/10.5465/amp.2013.0116
Teece, D. J., Pisano, G., & Shuen, A. (1997). Dynamic capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, 18(7), 509-533. https://doi.org/10.1002/(SICI)1097-0266(199708)18:7<509::AID-SMJ882>3.0.CO;2-Z
Teixeira, A. A., & Barros, M. J. (2014). Decentralization of public policies for the promotion of SMEs’ internationalization: A theoretical account. Revista Portuguesa de Estudos Regionais, 35(1), 15-27.
Torrens, E. W., Amal, M., & Tontini, G. (2014). Determinantes do desempenho exportador de pequenas e médias empresas manufatureiras brasileiras sob a perspectiva da visão baseada em recursos e do modelo de Uppsala. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 16(53), 511-539. https://doi.org/10.7819/rbgn.v16i52.1601
Vahlne, J. E., & Ivarsson, I. (2014). The globalization of Swedish MNEs: Empirical evidence and theoretical explanations. Journal of International Business Studies, 45(3), 227-247. https://doi.org/10.1057/jibs.2013.60
Vahlne, J. E., & Jonsson, A. (2017). Ambidexterity as a dynamic capability in the globalization of the multinational business enterprise (MBE): Case studies of AB Volvo and IKEA. International Business Review, 26(1), 57-70. https://doi.org/10.1016/j.ibusrev.2016.05.006
Vallejo Fernández, C. A. (2020). Propuesta metodológica para medir el potencial exportador de las pymes de la ciudad de Popayán [Dissertação, Uniautónoma del Cauca]. Recuperado de https://repositorio.uniautonoma.edu.co/bitstream/handle/123456789/463/T%20F-M%20045%202020.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Wiedersheim-Paul, F., Olson, H. C., & Welch, L. S. (1978). Pre-export activity: The first step in internationalization. Journal of International Business Studies, 9(1), 47-58. https://doi.org/10.1057/palgrave.jibs.8490650
Winckler, N. C. (2018). Recursos do país na internacionalização de PMEs de países emergentes: Um estudo no contexto brasileiro [Dissertação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul]. Recuperado de https://lume.ufrgs.br/handle/10183/178327
Wright, M., Westhead, P., & Ucbasaran, D. (2007). Internationalization of small and medium-sized enterprises (SMEs) and international entrepreneurship: a critique and policy implications. Regional Studies, 41(7), 1013-1030. https://doi.org/10.1080/00343400601120288
Yin, R. K. (2015). Estudo de caso: Planejamento e métodos. Nuance.
Zhang, Y., & Wu, J. (2023). Export performance under uncertainty: The moderating role of strategic ambidexterity. Journal of Business Research, 156, 113455.
Zhou, Y., Bhaumik, S. K., & Driffield, N. (2016). Country specific advantage, firm specific advantage and multinationality–Sources of competitive advantage in emerging markets: Evidence from the electronics industry in China. International Business Review, 25(1), 165-176.
Zimmermann, A., & Birkinshaw, J. (2016). Reconciling capabilities and ambidexterity theories: A multi-level perspective. Academy of Management Perspectives, 30(3), 309-328.
Zou, S., & Stan, S. (1998). The determinants of export performance: a review of the empirical literature between 1987 and 1997. International Marketing Review, 15(5), 333-356. https://doi.org/10.1108/02651339810236290
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Inocencia Boita Dalbosco, Ieda Margarete Oro, Dinorá Eliete Floriani, Carlos Eduardo Carvalho

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
- O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 3.0 Não Adaptada, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html