O impacto da corrupção arbitrária e generalizada nos influxos de IDE e o efeito moderador da distância de corrupção: Evidências da América Latina
DOI:
https://doi.org/10.18568/1980-4865.13150-62Palavras-chave:
Corrupção arbitrária, Corrupção generalizada, Distância da corrupção, Investimento direto estrangeiro, América LatinaResumo
Não é consensual na literatura a prevalência de um efeito negativo da corrupção sobre a capacidade de atração de investimento direto estrangeiro (IDE). Alguns países têm, simultaneamente, altos níveis de corrupção e de influxos de IDE. Neste estudo distinguimos o efeito de dois tipos de corrupção – arbitrária e generalizada - e o papel moderador da distância da corrupção entre o país investidor e receptor na capacidade de atração de IDE. Num estudo empírico dos influxos de IDE para países da América Latina, os resultados mostram que a corrupção generalizada reduz a atratividade ao investimento estrangeiro e que a distância de corrupção ameniza o efeito negativo da relação entre corrupção arbitrária do país receptor e os influxos de IDE. Este estudo contribui para aprofundar a pesquisa sobre os efeitos da corrupção, em particular quanto ao efeito diferenciado dos tipos de corrupção e dos efeitos da distância de corrupção nos influxos de IDE.
Não é consensual na literatura a prevalência de um efeito negativo da corrupção sobre a capacidade de atração de investimento direto estrangeiro (IDE). Alguns países têm, simultaneamente, altos níveis de corrupção e de influxos de IDE. Neste estudo distinguimos o efeito de dois tipos de corrupção – arbitrária e generalizada - e o papel moderador da distância da corrupção entre o país investidor e receptor na capacidade de atração de IDE. Num estudo empírico dos influxos de IDE para países da América Latina, os resultados mostram que a corrupção generalizada reduz a atratividade ao investimento estrangeiro e que a distância de corrupção ameniza o efeito negativo da relação entre corrupção arbitrária do país receptor e os influxos de IDE. Este estudo contribui para aprofundar a pesquisa sobre os efeitos da corrupção, em particular quanto ao efeito diferenciado dos tipos de corrupção e dos efeitos da distância de corrupção nos influxos de IDE.
© 2018 Internext | ESPM. Todos os direitos reservados!
Downloads
Referências
Ali, F., Fiess, N., & MacDonald, R. (2010). Do institutions matter for foreign direct investment? Open Economies Review, 21(2), 201–219.
Bardhan, P. (1997). Corruption and development: A review of the issues. Journal of Economic Literature, 35(3), 1320-1346.
Bénassy-Quéré, A., Coupet, M., & Mayer, T. (2007). Institutional determinants of foreign direct investment. The World Economy, 30(5), 764–782.
Bevan, A., Estrin, S., & Meyer, K. (2004). Foreign investment location and institutional development in transition economies. International Business Review, 13(1), 43–64.
Bogmans, C., & Jong, E. (2011). Does corruption discourage international trade? European Journal of Political Economy, 27(2), 385-398.
Buckley, P., Clegg, J., Liu, X., Voss, H., & Zheng, P. (2007). The determinants of Chinese outward foreign direct investment. Journal of International Business Studies, 38(4), 499– 518.
Campos, N., & Kinoshita, Y. (2003). Why does FDI go where it goes? New evidence from the transition economies, WP 02/228, IMF Institute.
Chao, M. C. H., & Kumar, V. (2010). The impact of institutional distance on the international diversity–performance relationship. Journal of World Business, 45(1), 93–103.
Cuervo-Cazurra, A. (2006). Who cares about corruption? Journal of International Business Studies, 37(6), 807-822.
Cuervo-Cazurra, A. (2008). Better the devil you don't know: Types of corruption and FDI in transition economies. Journal of International Management, 14(1), 12-27.
Cuervo-Cazurra, A. (2008b). The effectiveness of laws against bribery abroad. Journal of International Business Studies, 39(4), 634-651.
Cuervo-Cazurra, A., & Dau, L. (2009). Promarket reforms and firm profitability in developing countries. Academy of Management Journal, 52(6), 1348-1368.
Daude, C., & Stein, E. (2007). The quality of institutions and foreign direct investment. Economics & Politics, 19(3), 317–344.
Doh, J., Rodriguez, P., Uhlenbruck, K., Collins, J., & Eden, L. (2003). Coping with corruption in foreign markets. Academy of Management Executive, 17(3), 114-127.
Driffield, N., Jones, C., & Crotty, J. (2013). International business research and risky investments, an analysis of FDI in conflict zones. International Business Review, 22(1), 140–155.
Eden, L., & Miller, S. (2004). Distance matters: Liability of foreignness, institutional distance and ownership strategy. Advances in International Management, 187–221.
Egger, P., & Winner, H. (2005). Evidence on corruption as an incentive for foreign direct investment. European Journal of Political Economy, 21(4), 932–952.
Elliot, K. (Ed.). (1997). Corruption and the global economy. Washington, DC: Institute for International Economics.
Ferreira, M., Carreira, H., Li, D., & Serra, F. (2016). O efeito moderador da corrupção do país de origem sobre a capacidade do país receptor de atrair IED. Brazilian Business Review, 13(4), 98-123.
Galang, R. (2012). Victim or victimizer: Firm responses to government corruption. Journal of Management Studies, 49(2), 429–462.
Gelbuda, M., Meyer, K., & Delios, A. (2008). International business and institutional development in Central and Eastern Europe. Journal of International Management, 14(1), 1–11.
Globerman, S., & Shapiro, D. (1999). The impact of government policies on foreign direct investment: The Canadian experience. Journal of International Business Studies, 30(3), 513-532.
Globerman, S., & Shapiro, D. (2003). Governance infrastructure and US foreign direct investment. Journal of International Business Studies, 34(1), 19-39.
Godinez, J., & Liu, L. (2015). Corruption distance and FDI flows into Latin America. International Business Review, 24(1), 33–42.
Habib, M., & Zurawicki, L. (2002). Corruption and foreign direct investment. Journal of International Business Studies, 33(2), 291-307.
Hernández, V., Nieto, M. (2015). The effect of the magnitude and direction of institutional distance on the choice of international entry modes. Journal of World Business, 50(1), 122–132.
Hines, J. (1995). Forbidden payment: Foreign bribery and American business after 1977. (No. w5266). National Bureau of Economic Research.
Huntington, S. (1968). Political order in changing societies. New Haven: Yale University Press.
Jeong, Y. & Weiner, R. (2012). Who bribes? Evidence from the United Nations’ oil-for-food program. Strategic Management Journal, 33(12), 1363–1383.
Judge, W., McNatt, B. & Xu, W. (2011). The antecedents and effects of national corruption: A meta-analysis. Journal of World Business, 46, 93-103.
Karnani, A. (2007). Doing well by doing good - case study: “Fair & Lovely” whitening cream. Strategic Management Journal, 28(13), 1351–1357.
Kinoshita, Y. & Campos, N. (2004). Estimating the determinants of foreign direct investment inflows: How important are sampling and omitted variable biases? The Bank of Finland Institute for Transition Economies, Discussion Paper No. 10.
LaPalombara, J. (1994). Structural and institutional aspects of corruption. Social Research, 61(2), 325-350.
Leff, N. (1964). Economic development through bureaucratic corruption. American Behavioral Scientist, 8(3), 8-14.
Lui, F. (1985). An equilibrium queuing model of bribery. Journal of Political Economy, 93(4), 760–781.
Méon, P., & Sekkat, K. (2005). Does corruption grease or sand the wheels of growth? Public Choice, 122(1), 69–97.
Meyer, K. (2001). Institutions, transaction costs, and entry mode choice in Eastern Europe. Journal of International Business Studies, 32(2), 357-367.
Mudambi, R., & Navarra, P. (2002). Institutions and international business: A theoretical overview. International Business Review, 11(6), 635–646.
Pajunen, K. (2008). Institutions and inflows of foreign direct investment: A fuzzy-set analysis. Journal of International Business Studies, 39(4), 652-669.
Peng, M. (2003). Institutional transitions and strategic choices. Academy of Management Review, 28(2), 275.
Peng, M., & Heath, P. (1996). The growth of the firm in planned economies in transition: Institutions, organizations, and strategic choice. Academy of Management Review, 21(2), 492-528.
Rodriguez, P., Uhlenbruck, K., & Eden, L. (2005). Government corruption and the entry strategies of multinationals. Academy of Management Review, 30(2), 383-396.
Shleifer, A., & Vishny. R. (1993). Corruption. Quarterly Journal of Economics, 108(3), 599-617.
Smarzynska, B., & Wei, S. (2000). Corruption and composition of foreign direct investment: Firm-level evidence. National bureau of economic research, w7969.
Transparency International (2007). Global Corruption Report. Cambridge, MA: Cambridge University Press.
Uhlenbruck, K., Rodriguez, P., Doh, J., & Eden, L. (2006). The impact of corruption on entry strategy: Evidence from telecommunication projects in emerging economies. Organization Science, 17(3), 402-414.
Voyer, P., & Beamish, P. (2004). The effect of corruption on Japanese foreign direct investment. Journal of Business Ethics, 50(3), 211–224.
Wei, S. (1998). Corruption in economic development: Beneficial grease, minor annoyance, or major obstacle? World Bank Policy Research Working Paper, 2048.
Wei, S-J. (2000). How taxing is corruption on international investors? Review of Economics and Statistics, 82(1), 1-11.
Wernick, D., Haar, J., & Singh, S. (2009). Do governing institutions affect foreign direct investment inflows? New evidence from emerging economies. International Journal of Economics and Business Research, 1(3), 317-332.
Zeghni, S., & Fabry, N. (2009). Inward FDI in the transitional countries of South Eastern Europe: A quest of institution-based attractiveness. Eastern Journal of European Studies, 1(2), 77-91.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
- O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 3.0 Não Adaptada, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html