Percepção de riscos na internacionalização do setor alimentício
DOI:
https://doi.org/10.18568/1980-4865.1321-13Palavras-chave:
Risco, Internacionalização, Teoria Comportamental de Internacionalização, Percepção de Riscos.Resumo
O processo de internacionalização de organizações brasileiras está em ascensão gradativa. Em atividades internacionais os riscos, já presentes no mercado doméstico, são incrementados em função das características peculiares do mercado em que se deseja inserir um produto ou serviço. Ainda que em termos ideais seja possível afirmar que é necessário analisar todos os riscos que podem acometer a organização, a racionalidade limitada não permite ao gestor da organização processar todas as informações, seja por falta de conhecimento ou capacidade analítica. Sendo assim, o objetivo proposto para este artigo é compreender quais são os riscos percebidos associados ao processo de internacionalização em empresas do setor alimentício. A abordagem condutora da investigação é estudo de casos múltiplos, alicerçados em entrevistas semi estruturadas, observação e análise documental. Os resultados indicam diversidades no conceito de riscos entre as organizações; diferenças entre os tipos de riscos considerados e influência desta percepção sobre as práticas organizacionais. Como contribuição é possível apontar a construção de evidências coerentes com a teoria comportamental de internacionalização, onde mais do que um processo comercial e econômico, tal ação constitui-se como uma construção complexa da realidade, influenciada pela percepção e atitudes dos gestores envolvidos.
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