O perfil do gestor universitário de cooperação internacional no Brasil

Autores

  • Fernanda Geremias Leal Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, Florianópolis,SC,Brazil
  • Rafaela Ribeiro Céspedes Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Florianópolis, SC, Brazil
  • Luciane Stallivieri Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Florianópolis, SC, Brazil

DOI:

https://doi.org/10.18568/1980-4865.1221-16

Palavras-chave:

Internacionalização, Cooperação Internacional, Educação Superior, Gestão Universitária, Competências.

Resumo

O conceito de internacionalização tem sido utilizado na educação superior como medida de qualidade e como recurso para que as universidades respondam aos desafios de um contexto global complexo. A despeito do discurso dominante de que esse processo tem transformado as estruturas universitárias, são raros os estudos que tratam da gestão da internacionalização no domínio das instituições acadêmicas e, sobretudo, dos gestores universitários de cooperação internacional. Este artigo visa a contribuir com o início dessa discussão no Brasil e se propõe a diagnosticar o perfil dos gestores de cooperação internacional das universidades públicas federais brasileiras. O recorte abrangeu 46 universidades vinculadas à Associação Brasileira de Educação Internacional (Faubai). Desenvolveu-se uma pesquisa documental nos sítios dos setores de relações internacionais dessas instituições e nos currículos Lattes de seus gestores. Os resultados apontaram para aspectos positivos como o posicionamento dos setores nas estruturas universitárias e a experiência dos atuais gestores com atividades internacionais. Também indicaram problemas como constantes mudanças na função; acúmulo de cargos e funções; formação em áreas não relacionadas à internacionalização e falta de participação em capacitações condizentes com suas atribuições. No geral, o quadro evidenciado sugere a necessidade de investimentos nessas universidades para que a internacionalização institucional ocorra em perspectiva mais ativa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fernanda Geremias Leal, Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, Florianópolis,SC,Brazil

Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Administração da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Tem o título de mestre em administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e atua como secretária-executiva na Secretaria de Relações Internacionais da UFSC. Desenvolve pesquisas nas áreas de gestão universitária e internacionalização da educação superior, com foco em cooperação regional e cooperação sul-sul.

Rafaela Ribeiro Céspedes, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Florianópolis, SC, Brazil

Atua como Coordenadora de Apoio Administrativo na Secretaria de Relações Internacionais da UFSC desde 2016. Tem graduação em Secretariado Executivo Trilíngue com habilitação em português, inglês e francês e MBA em Gestão empresarial, ambos pela Universidade Estadual de Maringá, Paraná. Tem experiência em gestão da pós-graduação, intercâmbio de estudantes internacionais, internacionalização da educação superior, gestão administrativa de relações internacionais no âmbito do ensino superior.

Luciane Stallivieri, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Florianópolis, SC, Brazil

Pesquisadora em internacionalização da educação superior e gestão da cooperação internacional no Instituto de Pesquisas e Estudos em Administração Universitária da UFSC. Está cursando pós-doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento na UFSC. É doutora em Línguas Modernas pela Universidade de Salvador, Argentina, e mestre em cooperação internacional pela Universidade de São Marcos, São Paulo.

Referências

 Altbach, P. & Knight, J. (2007). The internationalization of higher education: motivations and realities. Journal of studies in international education, 11(3/4), 290-305.

 Altbach, P. & De Wit, H. (2015). Internationalization and global tensions: lessons from history. Journal of studies in international education, 19(1), 4-10.

 Capes. (2014). Tabela de áreas do conhecimento/avaliação. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/images/stories/download/avaliacao/TabelaAreasConhecimento_072012.pdf>. Acesso em: 29 jan 2016.

 Castro, R., Rosa, M. J. & Pinho, C. (2015). A model for stakeholders’ influence on internationalization: a contribution from the Portuguese, Brazilian, and Dutch cases. Journal of studies in international education, 19(2), 160-181.

 CsF. (2016). O que é?. Disponível em: <http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/oprograma;jsessionid=9327F29D7F9A050283431576AB9DB80A>. Acesso em: 29 jan 2016.

 CsF. (2016a). Coordenadores institucionais: papel no programa. Disponível em: <http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/papel-no-programa>. Acesso em: 29 jan 2016.

 Childress, L. (2009). Internationalization Plans for Higher Education Institutions. Journal of Studies in International Education. 13(3), 289-309.

 Childress, L. (2010). The twenty-first century university: developing faculty engagement in internationalization. New York: Peter Lang.

 De Wit, H. (2011). Trends, issues and challenges in internationalisation of higher education. Amsterdam: Hogeschool van Amsterdam.

 Ewert, S. (2012). Higher Education Cooperation and Networks in the Baltic Sea Region: A Basis for Regionalization and Region Building? Journal of Baltic Studies, 43(1), 95–116.

 Faubai. (2016). Instituições associadas. Disponível em: <http://faubai.org.br/pt-br/instituicoes-associadas/>. Acesso em: jan 2016.

 Hudzik, J. (2011). Comprehensive internationalization: from concept to action. New York: Nafsa.

 Gacel, J. & Ávila. (2008). Universidades latinoamericanas frente al reto de la internacionalización. Casa del Tiempo, jul, 2-8.

 Gacel-Ávila, J. (2012). Comprehensive internationalisation in Latin America. Higher education policy, 25, 493-510.

 Gao, Y. (2014). Toward a set of internationally applicable indicators for measuring university internationalization performance. Journal of studies in international education, 1-19.

 Knight, J. (2004). Internationalization remodeled: definition, approaches, and rationales. Journal of studies in international education, 5-31.

 Knight, J. (2015). International universities: misunderstandings and emerging models? Journal of Studies in International Education, 1–15.

 Leite, I. (2012). Cooperação sul-sul: conceito, história e marcos interpretativos. Observatório político sul-americano, 7(3), 1-40.

 Lima, M. & Contel, F. (2011). Internacionalização da educação superior: nações ativas, nações passivas e a geopolítica do conhecimento. São Paulo: Alameda.

 MEC. (2015). Orientações para utilização dos recursos de apoio à Internacionalização das IFES: ação orçamentária 8282 – Subação SS29 PDU Internacionalização. MEC.

 Muckenberger, E. & Miura, I. (2015). Motivações para a internacionalização do ensino superior: um estudo de casos múltiplos em um sistema de ensino superior confessional internacional. Arquivos analíticos de políticas educativas, 23(66), 1-26.

 Nafsa. (2015). Nafsa International Education Professional Competencies. Washington: Nafsa.

 Reitz, T. (2017). Academic hierarchies in neo-feudal capitalism: how status competition processes trust and facilitates the appropriation of knowledge. Higher education, 1-16.

 Said, H. et. al. (2015). Role of campus leadership in managing change and challenges of internationalization of higher education. Mediterranean journal of social sciences, 6(4), july.

 Seeber, M. et. al. (2016). Why do higher education institutions internationalize? An investigation of the multilevel determinants of internationalization rationales. Higher education, 1-18.

 Sinter. (2016). Regimento interno. Disponível em: <http://sinter.ufsc.br/files/2009/10/Regimento-Interno-SINTER.pdf>. Acesso em: 29 jan 2016.

 Stafford, S. & Taylor, J. (2016). Transnational education as an internationalisation strategy: meeting the institutional management challenges. Journal of higher education policy and management, 38(6), 625-632.

 Unesco Brasil. (2003). Educação superior: reforma, mudança e internacionalização. Anais. Brasília: Unesco Brasil, Sesu/MEC.

Publicado

2017-08-01

Como Citar

Leal, F. G., Céspedes, R. R., & Stallivieri, L. (2017). O perfil do gestor universitário de cooperação internacional no Brasil. Internext, 12(2), 1–16. https://doi.org/10.18568/1980-4865.1221-16

Edição

Seção

Artigos