Influências da experiência internacional e da diversificação de negócios no grau de internacionalização das Multinacionais Brasileiras

Autores

  • Ivano Ribeiro Universidade Nove de Julho; Universidade Estadual do Oeste do Paraná. http://orcid.org/0000-0003-1113-2810
  • Fernando Antonio Ribeiro Serra Universidade Nove de Julho
  • Geysler Rogis Flor Bertolini Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

DOI:

https://doi.org/10.18568/1980-4865.11336-48

Palavras-chave:

Estratégia, Negócios Internacionais, Índice de Transnacionalidade

Resumo

Este artigo posiciona-se na literatura sobre o processo de internacionalização de empresas multinacionais brasileiras. Como algumas empresas multinacionais se internacionalizam com maior velocidade e possuem melhor desempenho do que outras, neste estudo foram examinados os impactos de duas dimensões - o tempo de experiência internacional e a diversificação de negócios - no grau de internacionalização de multinacionais brasileiras. Para a realização da pesquisa foram utilizados dados secundários do Índice de Transnacionalidade de Empresas Brasileiras da Fundação Dom Cabral (FDC), dados do Observatório de Multinacionais Brasileiras, abrigado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), além de informações da BM&FBovespa e dos domínios da internet das 43 empresas pesquisadas e de suas subsidiárias. Os resultados indicam que a diversificação de negócios da empresa está positivamente relacionada com o grau de internacionalização. A experiência internacional prévia não parece ser preditora do grau de internacionalização, o que pode se relacionar ao processo de internacionalização das multinacionais brasileiras ser um fenômeno relativamente recente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ivano Ribeiro, Universidade Nove de Julho; Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

Doutor em Administração pelo PPGA da Universidade Nove de Julho. Atualmente é professor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE/PR, Cascavel/PR, Brasil

Fernando Antonio Ribeiro Serra, Universidade Nove de Julho

é Doutor em Engenharia de Materiais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC/RJ. Atualmente é professor e pesquisador do PPGA da Universidade Nove de Julho, UNINOVE/SP, São Paulo/SP, Brasil

Geysler Rogis Flor Bertolini, Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

Doutor em engenharia de produção pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professor e pesquisador do Centro de Ciências Siocias Aplicadas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE.

Referências

Almeida, A. (2007). Internacionalização de empresas brasileiras: Perspectivas e riscos. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier.

Ansoff, H. I. (1957). Strategies for diversification. Harvard Business Review, 35(5), 113-124.

Barkema, H., & Vermeulen, F. (1998). International expansion through start-up or acquisition: A learning perspective. Academy of Management Journal, 41(1), 7-26.

Barni, E. J. E., & Brandt, S. A. (1992). Descentralização, diversificação e tamanho de cooperativas agropecuárias. Revista de Economia e Sociologia Rural, 30(1), 1-10.

BM&FBovespa. (2014). Empresas listadas. Disponível em: http://www.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas. Acesso em: 01/12/2014.

Bruner, R., Conroy, R., Estrada, J., Kritzman, M., & Li, W. (2002). Introduction to ‘valuation in emerging markets’. Emerging Markets Review, 3(4). 310–324.

Burt, S., & Sparks, L. (2002). Corporate branding, retailing and retail internationalization. Corporate Reputation Review, 5(2/3), 194-212.

Carvalho, L., & Kupfer, D. (2011). Diversificação ou especialização: uma análise do processo de mudança estrutural da indústria brasileira. Revista de Economia Política, 31(4), 618–637.

Cavusgil, S. T. (1980). On the internationalization process of firms. European Research, 8(6), 273-281.

Cavusgil, S., Ghauri, P., & Akcal, A. (2013). Doing business in emerging markets. Los Angeles, CA: Sage Publication.

Cervo, A. L., & Lessa, A. C. (2014). O declínio: inserção internacional do Brasil (2011-2014). Revista Brasileira de Política Internacional, 57(2), 133-151.

Chang, S., & Wang, C. (2007). The effect of product diversification strategies on the relationship between international diversification and firm performance. Journal of World Business, 42(1), 61-79.

Chueke, G. V., & Borini, F. M. (2012). Distância institucional e estratégia de entrada das multinacionais brasileiras no exterior. XXXVI Encontro da Anpad. Rio de Janeiro.

Chueke, G. V., Borini, F. M., & Maclennan, M. F. L. (2014). Modelo cage e o modo de entrada das multinacionais brasileiras no exterior. Faces Journal, 13(1), 84–102.

Confederação Nacional da Indústria - CNI (2013). Os investimentos brasileiros no exterior: relatório. Brasília. Disponível em: http://www.fiemt.com.br/arquivos/1396_relatorio_dos_investimentos_-_2013.pdf. Acesso em: 21/11/2014.

Corrêa, D., & Lima, G. T. (2007). Internacionalização produtiva de empresas brasileiras: caracterização geral e indicadores. Boletin de Informações Fipe, 319, 15-18.

Creswell, J. W. (2010). Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Bookman.

Cuervo-Cazurra, A. (2008). The multinationalization of developing country MNEs: The case of multilatinas. Journal of International Management, 14(2), 138-154.

Dakessian, L. C., & Feldmann, P. R. (2013). Multilatinas and value creation from cross-border acquisitions: an event study approach. Brazilian Administration Review, 10(4), 462-489.

Delios, A., & Beamish, P. (1999). Geographic scope, product diversification, and the corporate performance of Japanese firms. Strategic Management Journal, 20(8), 711-727.

Dunning, J. (1988). The eclectic paradigm of international production: A restatement and some possible extensions. Journal of International Business Studies, 19(1), 1-31.

Dunning, J. (2000). The eclectic Paradigm as an envelope for economic and business theories of MNE activity. International Business Review, 9(1), 163-190.

Dunning, J. (2001). The eclectic (OLI) paradigm of international production: Past, present and future. International Journal of Economics of Business, 8(2), 173-190.

Fleck, D. L. (2004). Crescimento, dominância continuada e declínio da empresa: insights das histórias da General Electric e da Westinghouse. Revista de Administração Contemporânea, 8(spe), 79–106.

Fundação Dom Cabral - FDC. (2014). Ranking das transnacionais brasileiras 2014: A força da marca Brasil na criação de valor internacional. Disponível em: http://www.fdc.org.br/blogespacodialogo/Documents/ranking_fdc_multinacionais_brasileiras2014. Acesso em: 01/12/2014.

Furquim, N. R., & Arantes, E. C. (2011). Estratégias de internacionalização e de inovação como diferenciais para a expansão de uma empresa multinacional. Internext, 6(2), 116-137.

Furquim, N. R., & Meireles, D. S. (2006). Grupo Votorantim: um caso contemporâneo de internacionalização bem sucedida. Internext, 1(1), 168–189.

Glaum, M., & Oesterle, M. (2007). 40 years of research on internationalization and firm performance: More questions than answers? Management International Review, 47(3), 307-317.

Goldstein, A., & Pusterla, F. (2010). Emerging economies’ multinationals: General features and specificities of the Brazilian and Chinese cases. International Journal of Emerging, 5(4), 289-306.

Hair, J., Black, W., Babin, B., Anderson, R., & Tatham, R. (2009). Análise multivariada de dados. 6a. ed. Porto Alegre: Bookman.

Hilal, A., & Hemais, C. A. (2003). O processo de internacionalização na ótica da escola nórdica: evidências empíricas em empresas brasileiras. Revista de Administração Contemporânea, 7(1), 109-124.

Hitt, M., Hoskisson, R., & Ireland, R. (1994). A mid-range theory of the interactive effects of international and product diversification on innovation and performance. Journal of Management, 20(2), 297-326.

Hitt, M., Tihanyi, L., Miller, T., & Connelly, R. (2006). International diversification: Antecedents, outcomes, and moderators. Journal of Management, 32(6), 831-867.

Honório, L. C. (2009). Determinantes organizacionais e estratégicos do grau de internacionalização de empresas brasileiras. Revista de Administração de Empresas, 49(2), 162-175.

Hsu, C. (2006). Internationalization and performance: The S-curve hypothesis and product diversity effect. Multinational Business Review, 14(2), 29-46.

Imbs, J., & Wacziarg, R. (2003). Stages of diversification. American Economic Review, 93(1), 63-86.

Johanson, J., & Vahlne, J. (1977). The internationalization process of the firm: A model of knowledge development and increasing foreign market commitments. Journal of International Business Studies, 8(1), 23–32.

Johanson, J., & Wiedersheim, P. (1975). The internationalization of the firm: Four Swedish cases. Journal of Management Studies, 12(3), 305–322.

Johanson, J., & Mattsson, L. (1988). Internationalization in industrial systems: a network approach. In: Hood, H., & Vahlne, J. (Eds.). Strategies in foreign competition. London: Croom Helm.

Kim, W. C., Hwang, P., & Burgers, W. P. (1993). Multinationals' diversification and the risk-return tradeoff. Strategic Management Journal, 14(4), 275-286.

Li, L., & Qian, G. (2005). Dimensions of international diversification: The joint effects on firm performance. Journal of Global Marketing, 18(3/4), 7-35.

Luo Y., & Tung R. (2007). International expansion of emerging market enterprises: a springboard perspective. Journal of International Business Studies, 38(4), 481–498.

Macadar, B. M. (2009). A internacionalização de grandes empresas brasileiras e as experiências do Grupo Gerdau e da Marcopolo. Ensaios FEE, 30(1), 7–34.

Machado, D., Diniz, G., Ogasavara, M., & Matos, F. (2015). Doing business: Uma análise comparativa das regulamentações no BRICS. Revista de Administração Contemporânea, 19(3), 355-373.

Markides, C., & Williamson, P. (1996). Corporate diversification and organizational structure: A resource-based view. Academy of Management Journal, 39(2), 340-367.

Marôco, J. (2011). Análise estatística com a utilização do SPSS. Pero Pinheiro: Report Number.

Mathews, J. (2006). Dragon multinationals: New players in 21st century globalization. Asia Pacific Journal of Management, 23(1), 5-27.

Melo, P. L. R., & Mussengue, M. M. A. (2011). A atuação mexicana e espanhola no segmento de telecomunicações na América Latina. Internext, 6(2), 66-89.

Observatório de multinacionais brasileiras. (2014). Dados de Empresas. Disponível em: http://www2.espm.br/pesquisa/labs/observatorio-de-multinacionais-brasileiras. Acesso em: 05/10/2014.

Peng, M. (2012). The global strategy of emerging multinational from China. Global Strategy Journal, 2(2), 97-107.

Pennings, J., Barkema, H., & Douma, S. (1994). Organizational learning and diversification. Academy of Management Journal, 37(3), 608-640.

Penrose, E. (1956). Foreign Investment and the Growth of the Firm. The Economic Journal, 66(262), 220-235.

Pereiro, L. (2001). The valuation of closely-held companies in Latin America. Emerging Markets Review, 2(4), 330-370.

Quinn, B. (1998). The internationalization process of a franchise system: an ethnographic study. Asia Pacific Journal of Marketing and Logistics, 10(2), 66-84.

Ramamurti, R. (2008). What Have We Learned about EMNEs. In: Ravi Ramamurti and Jitendra Singh (eds.) Emerging Multinationals from Emerging Markets. Cambridge, UK: Cambridge University Press, Chapter 13.

Ramamurti, R. (2009). Why study emerging-market multinationals? In: Ramamurti, R; Singh, J. (Eds). Emerging multinationals in emerging markets. Oxford, UK: Oxford University Press. 3-22.

Rogers, P., Mendes-da-Silva, W., & Paula, G. M. (2008). Diversificação e desempenho em empresas industriais brasileiras: um estudo empírico no período de 1997 a 2001. Revista de Administração Contemporânea, 12(2), 313-338.

Rovai, R., & Plonski, G. (2014). Estratégias de internacionalização de empresas multinacionais brasileiras e avaliação das dimensões culturais nacionais: estudo de caso setor de fabricação de implementos agrícolas. Revista Ibero-Americana de Estratégia, 13(2), 54-69.

Ruigrok, W., & Wagner, H. (2003). Internationalization and Performance: An Organizational Learning Perspective. Management International Review, 43(1), 63-83.

Rumelt, R. P. (1974). Strategy, structure and economic performance. Boston: Harvard Press.

Saloner, G., Shapard, A., & Podolny, J. (2001). Strategic Management. New York, NY: John Wiley & Sons.

Sambharya, R. (1996). Foreign experience of top management teams and international diversification strategies of U.S. multinational corporations. Strategic Management Journal, 17(9), 739-746.

Santos, J. O., & Coelho, P. A. (2010). Análise da relação risco e retorno em carteiras compostas por índices de bolsa de valores de países desenvolvidos e de países emergentes integrantes do bloco econômico BRIC. Revista Contabilidade & Finanças, 21(54), 23-37.

Schiavini, J., & Scherer, F. (2015). Superando a liability of outsidership na China: A experiência das empresas brasileiras no desenvolvimento do Guanxi. Internext, 10(3), 44-57.

Sereia, V., Camara, M., & Vieira, S. (2011). A trajetória competitiva e a internacionalização da empresa perdigão. Internext - Revista Eletrônica de Negócios Internacionais da ESPM, 6(2), 138-164.

Silva, G., Amal, M., Tontini, G., & Borges, G. (2015). Efeitos das distâncias e recursos da empresa no desempenho exportador de empresas. Internext, 10(3), 1-14.

Stal, E., Almeida, V., & Avrichir, I. (2008). Sabó Indústria e Comércio de Autopeças. Revista de Administração e Inovação, 5(1), 126-140.

Tallman, S., & Li, J. (1996). Effects of international diversity and product diversity on the performance of multinational firms. Academy of Management Journal, 39(1), 179-196.

United Nations Conference on Trade and Development - Unctad. (2013). World Investment Report. Disponível em: http://unctad.org/en/publicationslibrary/wir2013_en.pdf. Acesso em: 13/12/2014.

Valor Econômico. (2013). Empresas brasileiras reduzem mais os investimentos no exterior em 2012. Disponível em: http://www.valor.com.br/brasil/3175906/empresas-brasileiras-reduzem-mais-os-investimentos-no-exterior-em-2012. Acesso em: 21/11/2014.

Werner, S. (2002). Recent developments in international management research: a review of 20 top aaaa). Entry and Co-operative strategies in International Business Expansion. International Marketing Review, 19(6), 681-703.

Zhao, H., & Luo, Y. (2002). Product diversification, ownership structure, and subsidiary performance in China's dynamic market. Management International Review, 42(1), 27- 49.

Publicado

2017-01-05

Como Citar

Ribeiro, I., Serra, F. A. R., & Bertolini, G. R. F. (2017). Influências da experiência internacional e da diversificação de negócios no grau de internacionalização das Multinacionais Brasileiras. Internext, 11(3), 36–48. https://doi.org/10.18568/1980-4865.11336-48